Última alteração: 24-10-2023
Resumo
A viticultura no Rio Grande do Sul possui uma grande importância econômica, sendo sustento de muitos produtores rurais, que tiram desta sua renda anual, bem como para o setor industrial, do qual emprega muitas pessoas no beneficiamento das uvas, seja para sucos, vinhos, espumantes e outros derivados Ainda, gera muitos empregos na manufatura de máquinas para indústria vinícola e o setor de serviços, principalmente com o enoturismo, cativando turistas Brasil a fora para viverem as experiências da viticultura, com destaque para a Serra Gaúcha, berço da imigração italiana no RS. A maioria dos viticultores da Serra estruturam-se em pequenas propriedades familiares, com trajetória centenária na produção de uvas, tendo por base o conhecimento de produção baseado na experiência histórica e nas práticas tradicionais de produção. Tais práticas, por muitas vezes, se demonstram eficazes e provavelmente jamais serão excluídas totalmente de manejos na videira. O que percebe-se necessário, é uma adequação de algumas condutas e práticas adotadas pelos viticultores da Serra Gaúcha, procurando-se assim um manejo sustentável da videira. Visitar viticultores e conhecer seus hábitos e condutas são as primeiras atitudes a serem tomadas para procurar evoluir e da mesma maneira aprender com a sabedoria popular dos agricultores, e ligar a mesma ao conhecimento teórico da academia. Realidades distintas se encontram dentre os viticultores visitados, onde aborda-se e elenca-se as demandas apontadas pelo mesmo e, em grupo, debatem-se soluções para o viticultor. As propostas construídas com base no saber anterior dos participantes do grupo, bem como de pesquisas a se realizar na literatura dar-se-ão como ideias que o projeto pode sugerir ao agricultor. O transplante de mudas provenientes de viveiristas certificados, o plantio de porta-enxertos com superior resistência a doenças de lenho em videira, o uso racional de agrotóxicos e métodos alternativos de controles de pragas, monitoramento de parâmetros de microclima no vinhedo (como umidade, índice de molhamento foliar, pluviosidade e afins) são observações já levantadas pelo grupo. O critério de seguir ou não as ideias fica em última instância com o viticultor. Oportuniza-se desta maneira, vivências extraclasse aos discentes , ao conhecer o dia a dia de viticultores locais, estar em contato com os empecilhos, demandas, anseios e oportunidades que o cultivo da videira oferece e poder, de tal modo, carregar uma experiência desta cultura para além da instituição de ensino, enriquecendo o saber do discente com uma grande vivência na viticultura, um diferencial no ramo agronômico. Para o agricultor, o contato direto com a academia, escola técnica, propicia uma atualização na sua propriedade, favorecendo e buscando otimizar sua mão de obra, seus insumos, máquinas, com o intuito de contribuir para a viabilidade econômica, racionalizando recursos, unindo os saberes, com a finalidade de melhor trabalhar a viticultura local.