Última alteração: 24-10-2023
Resumo
Rachel Carson foi uma bióloga e escritora que viveu no século 20. Ela escreveu diversos livros atualmente conhecidos por sua impecável fundamentação. É considerada uma das fundadoras do movimento ecologista devido, principalmente, ao seu mais famoso livro “Primavera Silenciosa". Este livro foi escrito em um contexto de desconfiança da população quanto à capacidade do governo dos Estados Unidos de manter a qualidade de vida dos habitantes, graças a testes nucleares ocorridos entre 1945 e 1962 e o uso abusivo de pesticidas que vinham acontecendo. O livro faz críticas e explica o perigo do uso de agrotóxicos em excesso, em especial do Dicloro-Difenil-Tricloroetano (DDT), desenvolvido nos Estados Unidos durante as décadas de 40 a 60. Esta pesquisa é importante pois revela como o livro foi recebido e as mudanças que causou na comunidade científica. A pesquisa também nos revela que se as mulheres têm mais liberdade no meio científico e são mais credibilizadas nos dias atuais é, também, graças a mulheres como Rachel Carson. Mulheres como essas abrem caminho para que outras tenham coragem de seguir na área e publicar seus resultados. O objetivo da pesquisa consiste em analisar o livro Primavera Silenciosa, sobre quais reações foram provocadas e quais críticas foram recebidas na comunidade científica, a respeito do livro e pelo fato de ser uma escritora mulher. Além de conhecer sobre a trajetória de vida, acadêmica e profissional da bióloga. A pesquisa é de caráter qualitativo e exploratório. Está sendo realizada uma pesquisa bibliográfica a partir da leitura do livro “Primavera Silenciosa”, publicado pela autora em 1962, análise de resenhas sobre o livro Primavera Silenciosa e estudo de documentos a respeito de sua vida e trajetória acadêmica, avaliando os impactos na comunidade científica da época e como a sua obra influenciou outras mulheres na ciência. Como resultados parciais, observamos que o livro “Primavera Silenciosa” não foi bem recebido na época em que foi publicado, sofrendo diversas críticas vindas, especialmente, dos cientistas defensores dos pesticidas e da indústria química. Na década em que publicou o livro, a autora recebeu diversas ofensas de cunho intolerante, como “solteirona”, “freira da natureza” e “feiticera”, insinuando que ela deveria se calar por ser mulher. Entretanto, no que diz respeito aos dias atuais, o livro é avaliado como de excelente fundamentação teórica e importância científica. As resenhas analisadas apontam que Rachel Carson é considerada uma figura de extrema relevância para a mudança do pensamento ambiental crítico, para a saúde humana e para a quebra de padrões de preconceito de gênero.