Neste trabalho, pretende-se investigar a ocorrência de casos de depressão pós-parto em adolescentes no município de Carlos Barbosa. A pesquisa foi motivada pelo interesse do grupo em aprofundar o conhecimento sobre a saúde psicológica das gestantes adolescentes, a possibilidade de ocorrência da depressão pós-parto e se originou através da participação dos alunos na V Mostra Científica de Carlos Barbosa. A gravidez na adolescência é considerada um problema social, mais frequente em classes sociais menos favorecidas e geralmente encarada como inoportuna, com consequências negativas tanto biológicas quanto psicológicas e sociais. Nesse contexto, foi relevante investigar se as adolescentes estão mais predispostas a desenvolver a depressão pós-parto. O trabalho apresenta uma metodologia exploratória, descritiva e explicativa, com a realização de pesquisa bibliográfica e coleta de dados disponíveis. Foram realizadas entrevistas com profissionais de saúde locais, buscando estimar o número de adolescentes puérperas no município, a quantidade aproximada de casos de depressão pós-parto atendidos no CEMAPS, além das causas, sintomas e frequência da doença. O referencial teórico apontou a adolescência como um período de transição entre a infância e a vida adulta, marcado por desenvolvimento físico, mental, emocional, sexual e social. Além disso, destaca-se que a depressão pós-parto é um problema de saúde pública que afeta a saúde da mãe e o desenvolvimento do recém-nascido, prejudicando o vínculo entre eles. A depressão pós-parto pode ser causada por diversos fatores, incluindo desequilíbrio hormonal resultante do término da gravidez, fatores físicos, emocionais, estilo e qualidade de vida, além de histórico de outros problemas e transtornos mentais. Os sintomas típicos incluem melancolia intensa, desmotivação, falta de energia, tristeza e desespero constante. Como resultado, não foi possível levantar o número de casos de depressão pós-parto na adolescência no município de Carlos Barbosa, devido ao fato da Secretaria de Saúde não manter dados sobre a doença. Contudo, diante das conversas com profissionais da rede municipal de saúde de Carlos Barbosa, observou-se, os primeiros indícios da depressão pós-parto em adolescentes, as mudanças no corpo da jovem, o que é recomendado que a puérpera faça quando começar a perceber os sintoma, a frequência desse problema nessa faixa etária e os possíveis tratamentos, incluindo o uso de medicamentos, que podem prejudicar o bebê no período da amamentação. Concluiu-se que a depressão pós-parto em adolescentes é um problema que requer atenção, sendo mais comum em casos de gravidez não planejada e falta de apoio familiar. A prevenção da depressão pós-parto envolve cuidados com a saúde mental, apoio e acolhimento familiar, abstinência de substâncias prejudiciais e adoção de um estilo de vida saudável, já o tipo de tratamento deve ser avaliado caso a caso, podendo ser feito através medicamentos, ou com acompanhamento de psicólogos e psiquiatras. Ademais, a falta de dados sobre a doença no município, prejudica ações de conscientização e prevenção por parte do poder público municipal.