Portal de Eventos do IFRS, MTC - MOSTRA TÉCNICO CIENTÍFICA 2022 - CAMPUS BENTO GONÇALVES

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Anatomia da gema floral de Vitis vinifera L. (Vitaceae)
Norberto Arduino Locatelli, Daniel Ayub, Roberta de Moura, Augusto Betonni, Cristina Gurski, Leonardo da Silva

Última alteração: 08-11-2022

Resumo


Norberto Arduino Locatelli1; Daniel Martins Ayub1; Roberta Nehme Avila de Moura 1; Augusto Rizzardo Betonni1, Cristina Gurski1;  Leonardo Cury da Silva1.

1Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) — Campus Bento Gonçalves. Bento Gonçalves, RS, Brasil.

A espécie Vitis vinifera L. é originária do Cáucaso na Ásia. Provavelmente é uma das plantas frutíferas de uso mais antigo na alimentação humana. O cultivo e a propagação da videira vêm sendo realizados desde a antiguidade mais remota, há cerca de 6.000 anos a.C. Essa espécie possui maior importância econômica, pois constitui a base da vitivinicultura mundial, consideradas como castas nobres devido à qualidade dos vinhos. O florescimento é um importante processo no ciclo de vida das plantas. Do ponto de vista agronômico, a importância do florescimento da videira deve-se à obtenção de frutos que são as estruturas de interesse econômico. O processo de formação de flores em videiras é complexo e altamente influenciado por fatores ambientais e práticas culturais. Atualmente, as videiras cultivadas são severamente podadas para reduzir o número de cachos, mas em contrapartida, aumentam o tamanho dos mesmos e a qualidade das bagas. O estudo detalhado do desenvolvimento da flor desde o meristema até a formação do fruto complementa os dados da literatura sobre morfologia e anatomia da espécie, e vai subsidiar estudos aplicados objetivando uma melhor produtividade e qualidade na formação dos frutos. O presente trabalho tem como objetivos, contribuir para o conhecimento ontogenético da inflorescência da videira, descrever as etapas do desenvolvimento floral em Vitis vinifera, elaborar o laminário permanente do estudo ontogenético da flor e da inflorescência. Na videira existem duas gemas em cada nó do sarmento, a gema normal que é maior e desenvolve-se geralmente no ciclo seguinte a sua diferenciação, pode brotar com um a três cachos,  possui formato cônico e é constituída de um cone vegetativo principal (gema principal), e um ou dois cones vegetativos secundários, gemas secundárias e terciárias. A gema primária é formada por um talo embrionário em que são diferenciados os nós e entre nós, os primórdios foliares e de inflorescência. Gemas secundárias e terciárias raramente são férteis e brotam somente em algumas situações extremas. Os cones vegetativos, a gema franca propriamente dita, são protegidos internamente por uma película cotonosa e externamente por duas escamas. Após coletada a gema franca em campo, com diferentes estágios de desenvolvimento celular e vegetativo, serão transportadas para o Laboratório de Entomologia - do IFRS Campus Bento Gonçalves, para a confecção de lâminas, das quais serão utilizadas as seguintes metodologias: Fixação do material em glutaraldeido; Lavagem do material em Tampão Fosfato, 3 x durante 15 minutos; Desidratação: deve ser feita, em série alcoólica ascendente com trocas a cada 15 minutos, 2 trocas de 15 minutos cada; Infiltração em historesina (glicolmetacrilato), 3:1 álcool/GMA, agitar durante 60 minutos e repetir o processo, em seguida, fazer uma solução 1:3 álcool/GMA, desta maneira o álcool será gradativamente retirado da mistura, até atingir 100% de GMA, assim pode ser feita a montagem dos blocos para secção do material em micrótomo com coloração utilizando diferentes corantes, montagem de lâminas e observação, análise e registro fotográfico do material em Microscopia Óptica.

Palavras-chave: Videira; Cone vegetativo; Cone reprodutivo; Desenvolvimento floral.

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