O atual panorama da Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) no Brasil se apresenta com múltiplos agentes e atores, bem como variados interesses. Sendo que esses estão relacionados aos mais amplos procedimentos associados com todas as atividades inerentes ao meio rural. Dessa forma pode-se afirmar que a extensão rural busca auxiliar os agricultores a promover iniciativas para aperfeiçoar processos de gestão, produção, beneficiamento e comercialização de suas atividades agrícola. Nesse contexto, as organizações que atuam com ATER e as influências institucionais que determinam suas ações são imprescindíveis para o entendimento da atual realidade desses serviços e para uma contribuição em termos de novas metodologias e preposições para essa área. Assim, justifica-se o trabalho proposto, pois sabe-se que a ATER vem passando por um processo de reorganização quanto as suas Organizações envolvidas, sejam por aspectos políticos ou econômicos. Sendo importante um foco das ações de pesquisa para que haja um fomento de discussões, dada a pluralidade das organizações envolvidas, seus diversos interesses e as mais variadas relações institucionais políticas e econômicas. Potencializa-se a possibilidade de mapear essa realidade e fazer considerações inovadoras e contributivas para os aspectos inerentes à ATER brasileira.  Assim, a proposta objetiva é demostrar e analisar os arranjos institucionais e organizacionais da oferta dos serviços de ATER nas regiões da Serra, Vale do Taquari e Vale do Rio Pardo no estado do Rio Grande do Sul. Para tanto, é realizado um estudo multicaso a partir de análises quanti e qualitativas dos agentes envolvidos com ATER nessas regiões. A coleta de dados é realizada mediante questionários com perguntas abertas, enviadas diretamente para membros das organizações promotoras de ATER, como cooperativas, vinícolas, Ematers e fumageiras nas áreas de abrangência do estudo. Até o presente momento, foi realizada uma pesquisa bibliográfica sobre a Emater/RS-Ascar, visando entender sua visão frente a extensão rural. Desta forma, ela busca promover o Desenvolvimento Rural Sustentável no Estado do Rio Grande do Sul, fortalecendo a agricultura familiar e dos demais povos que vivem neste espaço (indígenas, quilombolas, pescadores, assentados e reassentados da reforma agrária), contribuindo com a melhoria da qualidade de vida no meio rural. Para atender os desafios postos, se faz necessário uma assistência técnica e extensão rural com abordagem social. Toda ação desenvolvida se dá de forma planejada, continuada e é exercida gratuitamente às famílias assistidas. Atua, portanto, executando um amplo espectro de políticas públicas, entre elas destacam-se as de inclusão social e produtiva e, transferência de renda, que visam o enfrentamento à pobreza e promoção da geração de renda para estas famílias. Sendo que essas ações compõem uma destacada atuação extensionista de assessoramento às pessoas, famílias e suas organizações locais, bem como a promoção e divulgação da garantia de direitos no espaço rural.