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A podridão de uva madura e podridão cinzenta são desafios que produtores do Rio Grande do Sul e produtores de diversas regiões do mundo enfrentam. Estas doenças são responsáveis por causar podridões de cachos em regiões de clima quente e úmido, causando grande prejuízo econômico. Esse estudo teve o objetivo de avaliar a intensidade da doença em diferentes épocas da desfolha e maturação da uva Cabernet Sauvignon, num vinhedo com 6 anos, enxertada sobre Paulsen 1103, sustentado em espaldeira conduzida em duplo cordão esporonado, com espaçamento de 2,2 m x 1,2 m. O experimento foi conduzido durante o ciclo vegetativo 2018/2019, no município de Bento Gonçalves/RS, na Vinícola Larentis Ltda. Foram testadas duas épocas diferentes de desfolha: estádio fenológico - floração 23 e estágio fenológico – baga-chumbinho 29 (EICHHORN; LORENZ, 1995), com duas intensidades: nível baixo de desfolha, nível alto de desfolha, além da testemunha sem desfolha; sendo no nível baixo: retirada das folhas abaixo do cacho; e nível alto de desfolha: retirada de todas as folhas abaixo e duas folhas acima do cacho. Foram avaliadas a incidência e severidade e a evolução da doença. Foram avaliados parâmetros da maturação das uvas como acidez total, pH, grau Brix, grau Babo e densidade. Após realizada a colheita, foi realizada a avaliação das duas doenças nos cachos previamente identificados (cinco cachos por planta) utilizando escala diagramática proposta por Hill et al. (2010).Observou-se que nos meses de setembro e outubro de 2018, época que correspondeu a plena floração, ocorreu volumes maiores de chuva. Período crítico que favorece o desenvolvimento da doença. Durante o mês de janeiro 2019, fase de maturação da uva, os níveis de chuva estiveram dentro dos padrões, sem comprometer a maturação. No mês de fevereiro as temperaturas foram mais amenas em relação ao mês anterior, com pequeno volume de chuva antes da colheita. Diante dos resultados constatou-se que no tratamento T1(sem desfolha) e T5 (nível alto de desfolha baga- chumbinho), apresentou diferença significativasentre eles, sendo (5,43% e 0,0%), se comparados com os tratamentos T2 e T3 (nível baixo de desfolha plena floração), (2,46% e 0,56%) e tratamento T4 e T5 (nível alto de desfolha baga-chumbinho), (0,30%, 0,00%). Constatou-se também que para a densidade, °Brix, °Babo e pH não apresentou nenhuma diferença significativa para os tratamentos de desfolha em relação a maturação. Já na acidez titulável o tratamento T5 apresentou nível mais alto de acidez em relação aos outros tratamentos. Portanto, pode-se concluir que o tratamento que apresentou melhor resultado foi o nível alto de desfolha na fase baga-chumbinho (T5), demonstrando que o manejo de desfolha é muito eficaz na prevenção de doenças