Como estudantes de eletrônica e minoria no curso, resolvemos montar essa oficina com ajuda da nossa orientadora Tatiana Silveira e coorientador Alexsandro Bonatto, e juntos pensamos na questão de inclusão nos cursos de exatas, que ainda temos pouquíssimas meninas na área da ciência e temos que lhes dar visibilidade e incentivá-las. Vimos e ainda vemos no nosso cotidiano o preconceito presente por sermos uma pequena porcentagem de nossas turmas. Um bom exemplo a ser tomado é que, dentre as duas turmas do primeiro ano de Eletrônica integrado ao Ensino Médio do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul - Campus Restinga, somos apenas 4 (quatro) meninas dentre um total de 36 alunos. Nosso principal objetivo é mostrar que existem meninas nos cursos de eletrônica e informática e que elas são boas no que fazem, e também mostrar que elas são capazes e merecem estar ali. Na nossa oficina queremos mostrar o documentário “Guria, esse lugar é teu” que passou para a fase estadual, no documentário é mostrado as dificuldades das meninas no Campus e nos seus cursos, também temos exemplos e incentivos. A partir desse documentário, queremos compartilhar vivências e falar um pouco sobre como é conviver nesses meios, as dificuldades que enfrentamos, os obstáculos e como superá-los. Outra atividade que iremos realizar é um pouco mais lúdica, um jogo ‘’cara-a-cara’’, com rosto de grandes mulheres que tiveram grandes feitos e que servirão de inspiração para muitas, e iremos levar a história de cada uma para poder partilhar, para as mulheres ali presentes terem a possibilidade de adivinhar. A oficina terá a duração de 60 minutos e será proposta no turno da tarde em uma sala de aula com projetor (miniauditório). A oficina é aberta para todos e todas, com foco nas mulheres dos cursos do Campus e comunidade externa, mas esse é o foco por ser uma vivência nossa e algo que gostaríamos de compartilhar. O objetivo maior dessa oficina é mostrar que podemos ocupar os lugares que quisermos, e que mesmo com obstáculos é algo muito importante e possível de se vencer, principalmente quando apoiamos umas as outras. MEYER, Dagmar Estermann, KLEIN, Carin, DAL’lGNA, Maria Claudia e ALVARENGA, Luiz Fernando. Vulnerabilidade, gênero e políticas sociais: a feminização da inclusão social. Estudos Feministas. Florianópolis, v. 22, n3, setembro/dezembro de 2014, p. 885-904. Gênero na escola e na universidade. Disponível em: http://www.onumulheres.org.br/programasemdestaque/genero-na-escola/. Acesso em: 20/02/2017. NASCIMENTO, Marcos e ARRUDA, Silvani. Proposta de currículo educativo para o ensino médio sobre promoção da igualdade de gênero entre adolescentes e jovens brasileiros. 2015. Disponível em: http://www.ovalentenaoeviolento.org.br/. Acesso em: 29/01/2018. SEFFNER, Fernando. Cruzamento entre gênero e sexualidade na ótica da construção da(s) identidade(s) e da(s) diferença(s). In: SOARES, Guiomar Freitas, SILVA, Meri Rosane Santos da e RIBEIRO, Paula Regina Costa. Corpo, Gênero e Sexualidade: problematizando práticas educativas e culturais. Rio Grande: Editora da FURG, 2006, p. 85-93. SILVA, Luan Lauzon Souza e LEITE JÚNIOR, Francisco Francinete. Homofobia na escola: problematizando gênero e sexualidade entre estudantes do Ensino Médio. Cadernos de gênero e diversidade. Salvador, v. 2, n 2, julho/dezembro de 2016, p. 30-37.