Última alteração: 07-10-2019
Resumo
A importância que as histórias infantis possuem é maior do que dá para imaginar. Algumas existem há séculos e trazem um valor cultural e educativo enorme, influenciando na própria formação moral da nossa sociedade. Contos como “Os Três Porquinhos” e “Chapeuzinho Vermelho” trazem consigo o código de conduta que uma criança devia aprender na sua infância: “não confie em estranhos” ou “ouça seus pais”. As histórias passavam (e ainda passam), por meio do fantástico, ensinamentos para serem aplicados na vida cotidiana. Elas são um dos porquês do mágico permanecer significativo no mundo de hoje em dia. Contribuem como metodologia de ensinamento oral, além de capacitar o pequeno indivíduo com imaginação e sagacidade para entender o que acontece a sua volta. E, nesse contexto, para difundir histórias tão relevantes, foi criado em 2015 o Contamores. Seu objetivo é de ampliar a consciência fantástica da criança, utilizando elementos educativos dos contos para o seu desenvolvimento interno e em sociedade. Mas para que uma história seja bem entendida e apreciada, é preciso que seu contador conheça-a e leia-a quantas vezes for necessário. Dessa forma, haverá a apreensão de todos os seus aspectos importantes. Para esse fim, os integrantes do grupo se encontram a cada semana, intercalando-se em ensaios de aprimoramento técnico e em reuniões para entrosamento do grupo, em que praticam dinâmicas e tecem ideias e comentários sobre suas experiências como contadores. A escolha das histórias não obedece nenhuma regra rigorosa de seleção, há apenas um trabalho de percepção de quais dos livros dialoga melhor com a mensagem que o grupo deseja passar e, tão importante quanto, o que as crianças querem ouvir. No papel de contadores de histórias, usamos fantasias, fantoches, pinturas e tecidos para dar asas ao imaginativo infantil. Assim, o Contamores traz benefícios tanto para quem está contando quanto para quem está ouvindo. Para a criança, são oferecidas formas mais simples e lúdicas de entender a profundidade do mundo que a cerca. As histórias são, para ela, reflexos de situações que podem estar passando na sua própria realidade. Elas mostram o problema mas também oferecem a solução, ajudando-a a superá-los. Agora, para o contador de histórias, os benefícios são outros. Quando você pensa, planeja, organiza e executa algo, suas habilidades relacionadas a isso atingem uma melhora. Dessa forma, o contador aperfeiçoa sua sensibilidade e criatividade com o público infantil, sabendo, por exemplo, qual história é mais recomendada para determinado grupo de crianças. O trabalho em equipe também é evidenciado, pois todos os processos criativos são feitos em grupo. O resultado dessa colaboração mostra-se nas nossas apresentações: neste ano já são onze, contando escolas públicas e privadas, além de contações mensais na biblioteca municipal da Restinga.