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Investigando a qualificação da permanência no ensino médio dos alunos do IFRS
Eric Rodrigues Monteiro, Helen Rodrigues Cardoso

Última alteração: 18-09-2018

Resumo


A pesquisa Investigando a qualificação da permanência no ensino médio dos alunos do IFRS tem como objetivo geral analisar os índices de permanência e aproveitamento dos alunos dos primeiros anos do ensino médio do IFRS, comparando índices de matrícula, evasão e repetência. Para além disso, comparar também os índices de alunos por vaga nos processos de seleção entre 2012-2016 e os referidos índices de matrícula com os de evasão e repetência nos anos iniciais e o de formados em igual período dos alunos por vaga. Também se propõe a conhecer e analisar as estratégias de qualificação da permanência e redução das desigualdades educacionais dos alunos dos primeiros anos nos diferentes campi. Para tanto, propõe uma pesquisa quanti-qualitativa, com investigação bibliográfica e documental. Através da investigação bibliográfica pretende verificar quais referenciais teóricos estão apoiando as estratégias de qualificação do processo pedagógico no ensino médio. Baseia-se na teoria sociológica de Basil Bernstein. Ao analisar a trajetória da educação brasileira, é possível perceber diferentes movimentos de acordo com as carências apresentadas em cada momento histórico. Desde a primeira constituição federal, a temática educacional tem espaço garantido. Cada documento legal trouxe discussões sobre o ensino e a escola e a educação escolar, de acordo com a conjuntura da sociedade de sua época. Num primeiro momento, buscou-se garantir na legislação o acesso à educação escolar. Desde a primeira Constituição Federal, o 'direito a educação' está posto. Mas é na Constituição de 1988, que a educação passa a ser considerada 'responsabilidade do Estado, da família e da sociedade, devendo propiciar ao educando o pleno desenvolvimento enquanto pessoa, o seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho' (art. 205). É a partir da promulgação desta Carta que se estabelece a Educação como direito inalienável e se delineia a responsabilidade do Estado, da família e da escola. Alceu Ferraro, em 1999, conduziu estudos em que caracteriza dois tipos de exclusão: da escola - a dificuldade do acesso e na escola. A exclusão na escola é aquela que acontece com os sujeitos que estão no ambiente escolar (acesso garantido), mas que por inúmeros fatores apresentam defasagens em sua trajetória escolar. A partir dessas defasagens e dos índices de reprovações, muitos alunos acabavam por nem concluir o ensino fundamental. E, mesmo com a obrigatoriedade da frequência, evadiram-se. Assim, muitas foram as ações propostas para que a escola se tornasse um ambiente mais acolhedor. Estudos foram realizados no sentido de compreender a realidade do aluno e a partir dela, estruturar o trabalho. Verificou-se, através desta pesquisa, que o número de ingressados nos cursos era muito menor que os formados, pois muitos ora repetiam o ano, ora desistiram, por fatores como dificuldade em matérias, questões familiares/pessoais ou falta de adaptação a turma/escola, o que entra nos escritos de Ferraro.


Palavras-chave


Ensino Médio; Ensino e Aprendizagem; Desigualdades educacionais; Basil Bernstein

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