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O uso de tecnologias assistivas potencializando a aprendizagem de crianças e jovens com necessidades educacionais especificas.
Josi Cristina Schwarz, Carine Ivone Popiolek, Gisele Fraga do Nascimento, Pedro Chaves da Rocha

Última alteração: 18-09-2018

Resumo


Introdução - Tecnologia Assistiva (TA) é um termo ainda novo, utilizado para identificar todo o arsenal de recursos e serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e consequentemente promover vida independente e inclusão.

Num sentido extenso podemos perceber que a evolução tecnológica caminha na direção de tornar a vida mais fácil. Sem nos apercebermos utilizamos constantemente ferramentas que foram especialmente desenvolvidas para favorecer e simplificar as atividades do cotidiano, como os talheres, canetas, computadores, controle remoto, automóveis, telefones celulares, relógio, enfim, uma interminável lista de recursos, que já estão assimilados à nossa rotina e, num senso geral, “são instrumentos que facilitam nosso desempenho em funções pretendidas”.

Justificativa - Nossa motivação é fazer com que estas crianças e jovens sejam incluídos e atendidos conforme seus direitos. A inclusão escolar tem sido mal compreendida, principalmente no seu apelo a mudanças nas escolas comuns e especiais. Sabemos, contudo, que essa iniciativa não garante uma melhor condição para que as escolas recebam indistintamente, a todos os alunos, oferecendo-lhes condições de prosseguir em seus estudos, segundo a capacidade de cada um, sem discriminações nem espaços segregados de educação.

Nossa intenção com a escola Tristão é inserir os estudantes quanto às suas especificidades, para que possam dar prosseguimento aos estudos em outros níveis e espaços escolares.  Além disso, torná-los pessoas capazes de conseguir um emprego e promover uma condição de vida melhor, e que a comunidade os veja com igualdade de direitos. No IFRS  campus Restinga também aplicamos os recursos e materiais pedagógicos para que nossos alunos saiam formados.

Neste contexto surgem alguns questionamentos:

· Quais são e onde estão os problemas de interatividade das crianças e jovens em relação às Tecnologias Assistivas?

· Que soluções tecnológicas e/ou pedagógicas devem ser aperfeiçoadas para o uso de aplicativos informáticos e de Tecnologias Assistivas com as crianças e jovens?

Objetivos - Proporcionar às crianças e jovens da escola Tristão e para os nossos alunos uma maior independência, qualidade de vida e inclusão social, através da ampliação da comunicação, mobilidade, controle do seu ambiente, habilidades de seu aprendizado, trabalho e integração com a família, amigos e sociedade, utilizando meios digitais e tecnologias assistivas agregadas às atividades pedagógicas desenvolvidas em sala de aula.

Metodologia - O trabalho é realizado com um grupo de crianças e jovens com necessidades educacionais específicas (NEEs) da escola EMEEF Tristão Sucupira Vianna. Este grupo é formado em sua maioria por alunos com deficiência intelectual média, mas na escola existem outros os tipos de necessidades e síndromes.

E em nosso campus possuímos 5 alunos surdos e 1 aluno com deficiência visual.
Confeccionamos materiais adaptados para estes alunos, porque dependendo de sua deficiência ou síndrome, materiais como cadernos adaptados, jogos de madeira, quebra-cabeças são mais eficazes. Sabemos que o processo é demorado porque a aprendizagem é mais lenta.

Em nosso campus foi realizado a contratação de tradutoras intérpretes de libras para os alunos surdos, o aluno cego conta com um monitor que fica todo o tempo de aula ao seu lado lhe auxiliando. No caso dos materiais adaptados, há uma conversa com a professora para vermos quais os alunos utilizarão estes materiais, e qual material será confeccionado para cada um.

É desenvolvido um protótipo deste material. Depois da confecção do protótipo, é realizado um teste com o aluno, se o material não atendeu as necessidades voltamos e refazemos de outro modo, e é realizado outro teste, material aprovado, é realizada a confecção deste material e entregue para o aluno.

Para os alunos do Tristão elaboramos um site (edubrink.com.br). O site está no ar e programamos com a ajuda das professoras do Tristão onde este site possui jogos semelhantes aos utilizados em sala de aula, os quais foram adaptados para o site, também temos jogos para celular que foram criados na disciplina de tecnologia assistiva que temos em nosso curso.

Resultados finais - Durante o tempo de nosso projeto conseguimos colocar dois alunos no ensino regular, fizemos a transição das crianças para a nova escola e ainda auxiliamos a escola com os materiais que elas usavam para que ela pudesse adquiri-los e outros nós confeccionamos para eles.

Ainda conseguimos fazer com que três alunos concluíssem seu curso sabendo pegar ônibus, andar na rua sozinho, um deles já está até trabalhando de carteira assinada.

Este ano se forma mais um sabendo o mesmo que os citados anteriormente.

Conclusões - Concluimos  que a Tecnologia Assistiva auxilia de forma significativa no processo de ensino aprendizagem dos sujeitos com caracteristicas especificas e consequentemente integra-los no convivio social.

No questionamento que fala sobre onde estão e quais são os problemas de interatividade, podemos notar que muitas vezes é a falta de recursos para a aquisição de produtos que possam interagir com os alunos, porque os produtos desta área são de alto custo fazendo com que as escolas não tenham como obtê-los. Mas com nosso projeto conseguimos adquirir alguns produtos e percebemos como eles fazem diferença na aprendizagem destes alunos.

Na questão sobre as soluções e tecnologias que devem ser aperfeiçoadas podemos perceber que as tecnologias assistivas estão entre os recursos mais importantes para a educação e desenvolvimento destas crianças e jovens. Com relação às tecnologias deverão ser criados materiais específicos para cada criança ou jovem porque cada um tem sua particularidade, e os materiais e produtos no mercado são desenvolvidos para maioria, sendo às vezes difícil adaptá-lo para um aluno.

Referências - Lei de Acessibilidade. Decreto Lei Nº 5269, de 02 de dezembro [2]de 2002.

BERSCH, Rita. Introdução à tecnologia assistiva. Porto Alegre: CEDI (Centro Especializado em Desenvolvimento Infantil), 2008.

PIAGET, Jean. A equilibração das estruturas cognitivas. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.

 


Palavras-chave


Necessidade Educacional Específica; Aprendizagem;Tecnologia Assistiva

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