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Níveis de desfolha em estádio reprodutivo e impacto nos componentes de rendimento de cultivares de soja
Júlia Letícia Cassel, Bruno Alcides Maldaner, Gabriele Molinari Rother, Pedro Henrique Gatti, Daniela Batista dos Santos

Última alteração: 03-11-2021

Resumo


Nos cultivares modernos de soja, em razão do melhoramento genético, a capacidade fotossintética das plantas foi alterada, de modo que, mesmo com menor área foliar o potencial produtivo foi aumentado. Assim, danos no dossel necessitam ter seus efeitos melhor elucidados. Nesse contexto, este trabalho objetivou avaliar características de arquitetura de plantas e rendimento dos cultivares de soja Zeus IPRO, Delta IPRO, Lança IPRO, DM53I54 IPRO e DM5958 IPRO, após à submissão de intensidades de desfolha 0%, 16,6%, 33,3%, 50% e 66,6% no estádio fenológico reprodutivo R2. O experimento foi conduzido na área agrícola do IFRS Campus Ibirubá, em delineamento de blocos casualizados, com três repetições. As avaliações quantificaram o rendimento e seus componentes: o número de nós na haste principal e nas ramificações; bem como os legumes e estes, separados de acordo com o número de grãos; o peso de mil grãos (PMG); entre outros. Os resultados foram submetidos ao teste F (p<0,05) e, havendo significância, foram comparados pelo teste de Tukey (p<0,05) ou análise de regressão (p<0,05). Devido às suas características morfológicas e grupo de maturação serem distintos, os cultivares se comportaram de modo diferente diante dos níveis de desfolha. Quanto aos percentuais de desfolha, observa-se, em média, um declínio no rendimento de até 25% comparado à testemunha (0%). O cultivar Delta IPRO reduziu rendimento em cerca de 45%, com redução acentuada nos níveis 50 e 66,6%. Referente aos componentes de rendimento, observou-se que a desfolha reduziu o número de nós reprodutivos na haste principal. Visto que o número médio de legumes por nó foi mantido ou decaiu, logo, observou-se redução no número de legumes total e, consequentemente, no número de grãos por planta e peso de mil grãos. No entanto, em média, percebeu-se que a desfolha aumentou o número de nós reprodutivos nas ramificações, o que demonstrou uma estratégia da planta para contornar o estresse e tentar manter sua produtividade. Diante do estudo realizado, percebeu-se que o nível máximo de desfolha tolerado (em R2), sem que haja prejuízos no rendimento, para os cultivares DM5958 IPRO e DM53I54 IPRO é de 50%; enquanto que para Zeus IPRO e Lança IPRO, esse nível máximo é de 33,3%; e para Delta IPRO, de 16,6% de desfolha. Tais resultados podem fomentar práticas de manejo da cultura na região, sendo ela uma das importantes regiões sojícolas do Estado do Rio Grande do Sul.

Palavras-chave


Taxa fotossintética. Área Foliar. Nível de Dano Econômico.

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