Última alteração: 01-10-2024
Resumo
O pensamento e o inconsciente em Freud faz parte do projeto “a centralidade da linguagem na visão psicanalítica”, que tem como objetivo identificar os principais conceitos que fundamentam a compreensão de Lacan sobre o papel da linguagem e aprofundar a importância das relações conceituais entre a obra de Jacques Lacan e de Sigmund Freud. Este trabalho enfatiza os conceitos da linguagem na psicanálise freudiana para compreender como a linguagem e o pensamento estão associados. Vamos utilizar uma metodologia hermenêutica, com base na interpretação de obras selecionadas. O processo será dialético, no sentido de colocar em diálogo, autores, comentadores, relatos de experiências e percepções coletadas na vivência da realidade atual. Em sua maior parte, os materiais estudados partiram do livro “Freud: o movimento de um pensamento” de Luiz Roberto Monzani. Os resultados parciais desta pesquisa apontam que, para Freud, o pensamento é algo não verbal e diferente da linguagem, podendo ou não se entrecruzar. O pensamento é o que dá sentido às expressões linguísticas. Freud acreditava que grande parte de nossos pensamentos, desejos e memórias são reprimidas pelo nosso inconsciente, onde não temos acesso. Ele acreditava que apesar de todos esses pensamentos e memórias estarem fora da consciência humana, trazem reflexos em comportamentos da época. Na primeira tópica Freud compreendia a mente humana como: consciente, pré consciente e inconsciente. O inconsciente é uma parte da mente humana que não temos acesso, o consciente são aquelas lembranças que conseguimos acessar sem muito esforço e o pré consciente são lembranças mais vagas e que precisam de mais esforço para serem acessadas. Segundo Monzani, foi Freud quem desenvolveu o conceito de inconsciente, apesar dele ter sido influenciado por pensadores anteriores como filósofos e médicos, que já discutiam a ideia de que havia aspectos da mente que escapavam à percepção consciente. No entanto, Freud foi o primeiro a sistematizar e criar uma teoria complexa em torno do inconsciente, que se tornou um dos pilares da psicanálise. Assim, o inconsciente surgiu no contexto do desenvolvimento da psicanálise no final do século XIX e início do século XX, com Freud estabelecendo-o como um conceito fundamental para a compreensão da mente humana. Era o reservatório dos desejos reprimidos, memórias e impulsos que, embora não acessíveis diretamente, influenciavam as ações e experiências conscientes. Este estudo, fundamentado na interpretação de obras selecionadas, já alcançou resultados significativos sobre o pensamento humano e o inconsciente psicanalítico, conforme a teoria freudiana. A pesquisa, ainda está em andamento, desenvolvendo-se uma visão sobre a relação entre o fluxo do pensamento, contribuindo para uma compreensão mais profunda da psicanálise e sua conexão com o funcionamento mental humano.