Portal de Eventos do IFRS, VI Mostra de Pesquisa, Ensino e Extensão do IFRS - Campus Viamão

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A mulher negra na sociedade brasileira: reflexões afrocientistas.
Paula Xavier Paz, Katryne Ferreira da Rosa, Lídia de Almeida Nunes, Alba Cristina Couto dos Santos Salatino

Última alteração: 08-11-2023

Resumo


 

A história dos negros e negras  afrolatinos é uma história de luta e resistência. No nosso pais, a resistência contra a escravidão e a luta contra as heranças desse tempo como o preconceito, as segregações, a violência e a discriminação são algumas das reivindicações do movimento negro. Se compararmos o período da escravidão com os tempos atuais, ficam evidentes as mudanças realizadas na vida social das mulheres. Dandara dos Palmares, Tereza de Benguela, Tia Ciata e Elza Soares foram algumas das ativistas que ajudaram na luta pela inserção social dos negros.Muitos direitos foram conquistados por elas, como por exemplo, o direito à educação, a liberdade de expressão, o acesso a cultura e a arte. A inclusão social tem a ver com a representatividade, está ligada à instauração de uma mudança de cultura e comportamento em relação às pessoas e grupos sociais diversos. É fundamental uma sociedade inclusiva,  que promova a igualdade de direitos entre todos os grupos, garantindo à educação, saúde, trabalho e outros recursos necessários para suprir suas necessidades da vida.Porém, mesmo com uma grande mudança elas ainda sofrem com o preconceito e o machismo, e quando se trata da mulher negra essa discriminação se torna ainda maior, pois infelizmente o racismo ainda se faz presente em nossa sociedade.Neste sentido, ressaltamos que mulheres negras  enfrentam há séculos discriminações e preconceitos com dupla opressão, de raça e de gênero, como por exemplo,  segundo o IBGE (2023), 49 milhões das mulheres negras que possuem idade para trabalhar, apenas pouco mais da metade delas estavam inseridas no mercado de trabalho (51,2%). Contudo elas exercem diferentes papéis na sociedade.Apesar das mulheres estarem presente no mercado de trabalho, elas sempre são marcadas pelas desigualdades salariais, a Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) aponta que no primeiro trimestre de 2023, a remuneração média das mulheres negras era de R$ 1.948,00, o que equivale a 48% do que homens brancos ganham na média, 62% do que as mulheres brancas recebem e 80% do que os homens negros ganham.Adotamos como  metodologia  para execução desta pesquisa  leitura e análise   de livros, vídeos,  e artigos acadêmicos durante os encontros semanais do projeto Afrocientista da Asssociação Nacional de Pesquisadores Negros (ABPN) juntamente com o Instituto Unibanco. Realizamos discussões e o aprofundamento teórico a partir de rodas de conversa sobre as temáticas abordadas. Conclui-se que a luta persistirá através dos movimentos escolares, políticos e sociais. Por fim, salienta-se a necessidade da inclusão do acolhimento diverso e o respeito à diversidade de gênero e étnico-racial.

 

 



Palavras-chave


Inclusão;Mulheres negras; Diversidade

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