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"No dicionário, diversidade significa o que é diverso, diferente, conjunto variado; multiplicidade”. A diversidade é evidente nos diferentes ambientes em que frequentamos, e sua potencialidade nos leva a questionar o motivo de tanta desigualdade social. A educação é um exemplo desta disparidade, pois nela podemos enxergar o quanto a juventude negra e pobre carece de acesso à educação de qualidade e incentivo à trajetórias na ciência. Essa multiplicidade está presente no Campus Viamão, pois o mesmo apresenta em sua forma de ingresso a pluralidade do indivíduo, permitindo que o estudante, em suas múltiplas características, possa ter oportunidade de crescimento e desenvolvimento na instituição. Esta apresentação se insere no âmbito do Projeto Afrocientista, promovido pela Asssociação Nacional de Pesquisadores Negros (ABPN) juntamente com o Instituto Unibanco, que tem por intuito “despertar a vocação científica e incentivar talentos entre estudantes negros e negras matriculados no nível médio”, mediante participação em atividades de pesquisa científica ou tecnológica desenvolvidas pelos Núcleos de Estudos Afro-brasileiro (NEAB) e grupos correlatos, no caso do Campus Viamão, o Núcleo de Ações Afirmativas (NAAf). Tem-se por objetivo apresentar as percepções do grupo afrocientista do Campus Viamão sobre a valorização da diversidade étnico-racial no espaço escolar, a partir da compreensão que a escola é um espaço privilegiado para desenvolver ações de promoção à igualdade e respeito. As metodologias adotadas foram análise do questionário aplicado, aos onze bolsistas do ensino médio integrado, e levantamento de dados a partir da organização semanal de rodas de conversas para o grupo, visando o aprofundamento teórico de temáticas, como: relações étnico-raciais, política de ações afirmativas, diversidade, ciência, pertencimento e história. O projeto afrocientista aliou-se a outros movimentos do Campus, como as atividades do NAAf e o projeto de extensão “Papo Reto: (A) Diversidade em debate nas escolas públicas” expandindo as reflexões para toda a comunidade acadêmica. Como resultados, espera-se que os jovens participantes do projeto possam ampliar seus aprendizados e aprofundá-los com reflexões pertinentes sobre os distintos assuntos trabalhados, destacando a representatividade dentro da sociedade e relações étnico-raciais no ambiente escolar, para que dessa forma sejam capazes de edificar o pensamento crítico. Ressalta-se a importância de trabalhar as relações étnico-raciais na educação básica, uma vez que ela se refere ao reconhecimento da diversidade étnico-racial e evidencia a pluralidade dentro do ambiente educacional, isso inclui a promoção de uma educação antirracista. Tornando a escola um espaço privilegiado para desenvolver ações que promovam o debate sobre o reconhecimento étnico-racial e o respeito à diversidade; Para que assim, o ensino, pesquisa e extensão estejam alinhados a construir uma educação plural na tentativa de dirimir preconceitos consolidados ao longo da história humana.

Afrocientista, Diversidade, Educação básica.