A monitoria foi historicamente instituída com o objetivo de auxiliar o aluno na iniciação à carreira docente e colocá-lo em contato com atividades didáticas. Percebeu-se, então, que essa atividade tornou-se uma ferramenta facilitadora e de grande contribuição para o processo de ensino-aprendizagem. Ela permite ao aluno monitor adquirir uma primeira experiência como professor, ao passo que proporciona ao aluno monitorado acesso a um recurso qualificado adicional, enriquecendo sua aprendizagem.  Neste escopo, foi implementado no Câmpus Viamão a “Monitoria Interdisciplinar em Ciências da Natureza” nos cursos Técnicos Integrados ao Ensino Médio, a qual engloba os componentes curriculares de Química, Física, Biologia e afins. Por conseguinte, este projeto conta com a participação de dois monitores e, neste trabalho, pretende-se apresentar a principal atividade desenvolvida por um deles. Ao longo da execução da monitoria identificou-se um desafio significativo: as dificuldades de alunos com necessidades educacionais específicas (NEE) nos componentes de Ciências da Natureza. Esta situação motivou a busca por soluções educacionais inclusivas e adaptadas às suas necessidades educacionais especiais, conforme lhes  é assegurado no capítulo V da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei 9.394/96 e, mais recentemente, no capítulo IV da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), Lei nº 13.146/15. Em conjunto com a monitora, bolsista do respectivo projeto de ensino, e as professoras, foram desenvolvidas atividades adaptadas para o componente de Física III do Técnico em Administração e, no Técnico em Meio Ambiente, para os componentes de Física I e Química I. Em ambas as matérias, foram adequadas a metodologia de ensino e a avaliação da aprendizagem, de acordo com os objetivos específicos de aprendizagem que constam no Plano Educacional Individualizado de cada estudante com NEE. Dentre as atividades de ensino adequadas e aplicadas, foram usadas simulações computacionais, demonstrações e atividades práticas, todas guiadas por roteiros simples, baseados na metodologia construtivista. Por sua vez, as avaliações da aprendizagem visam não apenas diagnosticar o que foi aprendido, mas também conhecer melhor os alunos, identificando suas NEE, interesses, habilidades e capacidades. Resultados parciais indicam que a adaptação de atividades desempenhou um papel crucial em apoiar o progresso acadêmico dos alunos com NEE, destacando ainda mais a importância dessa abordagem para o processo de ensino-aprendizagem inclusivo. Dessa forma, como conclusão preliminar, propõe-se a continuidade da monitoria como ferramenta adicional no auxílio da melhoria do processo de ensino-aprendizagem para alunos com NEE, uma vez que a  monitoria adaptada às suas necessidades, com metodologias diferenciadas e recursos de acessibilidade que eliminem as barreiras, promovem um ambiente de aprendizado mais inclusivo e eficaz.