Portal de Eventos do IFRS, VI Mostra de Pesquisa, Ensino e Extensão do IFRS - Campus Viamão

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COZINHAS SUSTENTÁVEIS NO COMBATE À INSEGURANÇA ALIMENTAR NA COMUNIDADE ESCOLAR DA VILA UNIVERSAL DE VIAMÃO.
Gustavo Rosa Spader, Cláudio Fioreze, Ricardo Pellegrini, Merli Leal Silva

Última alteração: 08-11-2023

Resumo


Este resumo objetiva descrever uma das ações do projeto cozinhas comunitárias e sustentáveis do programa de extensão EcoViamão, que visa promover uma educação ética, agroecológica, e alimentar saudável, e por vontade do bolsista, baseada em plantas. As atividades foram desenvolvidas através de diversas metodologias: apresentações orais, em powerpoint, práticas e oficinas pedagógicas realizadas nas turmas do 5º ao 9º ano da Escola de Ensino Fundamental João Barbosa, localizada na Vila Universal da cidade de Viamão, Rio Grande do Sul. O objetivo do projeto é propagar o conhecimento agroecológico alimentar saudável em combate a insegurança alimentar, fazendo relação com a educação alimentar, cooperativismo, consumo consciente, produção e consumo orgânico. A fim de promover melhores hábitos alimentares e orientar a comunidade escolar sobre como ter um melhor aproveitamento do alimento, instigar o consumo de PANC (Plantas Alimentícias Não Convencionais), e de orientar sobre os males do consumo de processados e ultraprocessados. Para o desenvolvimento das atividades foi necessário conhecer a comunidade na qual o bolsista estava se inserindo, para isso, foram realizadas pesquisas, rodas de conversas, apresentações sobre orgânicos, alimentação saudável e ultraprocessados. Com base nisso, entendeu-se as dúvidas da comunidade escolar, e foi realizado um cronograma com oficinas direcionadas às suas necessidades. Foram ofertadas oficinas de substituições saudáveis, alimentação baseada em plantas e de plantas alimentícias não convencionais (PANC). As atividades ocorreram na cozinha da escola e abordaram formas alternativas de alimentação acessível e nutritiva. Na fase de diagnóstico, percebemos uma defasagem no aprendizado sobre alimentação, principalmente quando o assunto era sobre a alimentação saudável. No diálogo com a turma, o macarrão instantâneo, popularmente conhecido como miojo, era tido como um alimento saudável, por exemplo. Através das atividades lúdicas, conseguimos provocar questionamentos dos alunos sobre a produção ética dos alimentos e práticas de produção. Por meio das oficinas realizadas com a comunidade, construímos um pensamento agroecológico que valoriza alimentos sem agrotóxicos e de produção local e familiar. A escola toda se envolveu na proposta do EcoViamão de produzir alimentos saudáveis, in natura ou minimamente processados. As merendeiras, incluíram nas refeições receitas com plantas alimentícias não convencionais (PANC), estimulando as crianças a novas experiências alimentares mais saudáveis. A cozinha sustentável é a cozinha cidadã, acessível e inclusiva. Uma educação alimentar agroecológica é possível e necessária. É de suma importância conhecer as problemáticas da comunidade, e este projeto trouxe esta oportunidade, fortalecendo assim, o espírito de se especializar a fim de promover mudanças reais em comunidades em vulnerabilidade. Este contato fez com que o bolsista se aprofundasse e especializasse nas pautas ambientais, agroecológicas, éticas e sociais, provocando uma mudança significativa na forma com que ele vê o mundo e seu entorno, fortalecendo sua vontade de se qualificar para oferecer mudanças reais na comunidade.


Palavras-chave


Agroecologia, Alimentação, Extensão.