Portal de Eventos do IFRS, VI Mostra de Pesquisa, Ensino e Extensão do IFRS - Campus Viamão

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DIFICULDADES DAS PESSOAS TRANGÊNEROS NO MERCADO DE TRABALHO
Gabriely Lirio Melo, Manuella de Araujo Dietrich, Rôani Schinoff Ferrari, Giseli Paim, Cibele Rossana Funck Donato

Última alteração: 08-11-2023

Resumo


A presente pesquisa intitulada “Dificuldades das pessoas transgêneros no mercado detrabalho” aborda a problemática das dificuldades de inserção de trangêneros nomercado de trabalho, devido à marginalização e ao preconceito. Apesar da criação depolíticas voltadas à inclusão de minorias, é comum atualmente, a dificuldade deinserção profissional destas pessoas, bem como a permanência no emprego, pois,ainda mantém preconceitos e rótulos de quem deveriam ser. Os transgêneros aindasão alvos depersistentes estigmas por parte da sociedade, manifestadas por meio deatos discriminatórios que tem como mais grave consequência, a exclusão social doindivíduo, tornando-se extremamente dificultosa a sua inserção nos diversos âmbitosda sociedade brasileira, em especial, a sua inserção no mercado de trabalho formalbrasileiro. A pergunta da pesquisa foi “Quais os desafios enfrentados por trangênerosno mercado de trabalho?”. Trata-se de uma pesquisa descritiva e exploratória, deabordagem qualitativa. Os sujeitos de pesquisa definidos foram os profissionais deuma organização que atua junto a pessoas transgêneros. O instrumento de coleta dedados escolhido foi a entrevista. O período de realização das entrevistas foi entre osmeses de Setembro a Outubro de 2023. O objetivo geral foi compreender quais são osdesafios de transgêneros no mercado de trabalho e os objetivos específicos foramconceituar o que é a transgeneridade; identificar as dificuldades que os trangênerosenfrentam para ingressar no mercado de trabalho; e relacionar os desafios de inserçãono mercado de trabalho com o conceito de inclusão social. Alguns referenciais teóricosutilizados nesta pesquisa foram Ainsworth (2015), Beavoir (1949), Louro (2014), dentreoutros. A partir deles, entendemos que o gênero tem escopo psicossocial. Na partesocial há uma diversidade de comportamentos, atitudes, estéticas, padrão esperado eaté mesmo perspectiva de vida que nos dividem em homens e mulheres. Estespadrões estão longe de ter origem ou justificativa biológica. E na parte psíquica cadaum de nós nos reconhecemos, independente do sexo biológico, em uma das duascategorias. Esta auto-identificação de papel representa como nos reconhecemos ecomo somos reconhecidos. No gênero é que nos tornamos, vivemos e existimos comohomem e mulher. Portanto, ser homem ou mulher é algo que somos pela própria identidade e pela construção desta identidade. Pessoas que não se identificam aogênero designado são chamadas transgêneros, e para os que se identificam,chamamos de cisgêneros. A pesquisa ainda está em andamento mas, como resultadoesperado, pretende-se contribuir com a reflexão sobre a importância de gestoresminimizarem os efeitos da discriminação no ambiente de trabalho. Acredita-se queesse estudo é relevante uma vez que é essencial para a área de Administração quepessoas sejam tratadas igualmente pela sociedade. Que exista uma políticasustentável de inclusão visando estabelecer um padrão de respeito no atendimento,com o uso de nome social e tratamento civilizado. Considera-se esse tema depesquisa extremamente importante por entender que pessoas transgêneros não temmuita visibilidade quando o assunto é trabalho e para que possamos entender e levaro conhecimento para nossa sociedade.


Palavras-chave


Transgêneridade, mercado de trabalho, preconceito.