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NeuroIS: um estado da arte
Edison Lacerda Carvalho, José Maurício Schumacher, Ana Cristina Belomo Da Silva, Rafael Alfonso Brinkhues

Última alteração: 04-03-2020

Resumo


O campo da neurociência cognitiva fez avanços significativos na última década, tendo por objetivo principal examinar as atividades observáveis do cérebro, a fim de identificar as áreas que estão subjacentes às funções e processos emocionais e sociais. A disponibilidade crescente de ferramentas de neuroimagem, que podem capturar a ativação cerebral, bem como de psicofisiológicas, que podem capturar estados emocionais e cognitivos. Os avanços na neurociência cognitiva estão desvelando as bases neurais dos processos cognitivos, emocionais e sociais, e oferecem novos insights sobre a complexa interação entre Tecnologia da Informação (TI) e processamento de informações, tomada de decisões e comportamento entre pessoas, organizações e mercados. O Neuro-Information-Systems (NeuroIS) é um subcampo de Sistemas de Informação que utiliza métodos, ferramentas e teorias neurofisiológicas e da neurociência, a fim de melhor compreender o design, desenvolvimento e uso das tecnologias de Informação (TI) nas organizações e na sociedade (Dimoka et al. 2007, 2011). A disponibilidade crescente de ferramentas de neuroimagem, que podem capturar a ativação cerebral, bem como de psicofisiológicas, essas por sua vez podem capturar estados emocionais e cognitivos. Os estudos NeuroIS compreendem trabalhos conceituais e empíricos, bem como pesquisa teórica e ciência do design. Inclui pesquisa baseada em todos os tipos de neurociência e ferramentas neurofisiológicas, abrangendo técnicas como eletroencefalografia (EEG), ressonância magnética funcional (fMRI), hormônio avaliações, condutância da pele e medição da frequência cardíaca, eletromiografia facial e rastreamento ocular. Em uma revisão sistematizada da literatura nos oito principais periódicos da área, e nos anais de três principais eventos científicos dessa área. Dessa revisão, foram identificados 22 (vinte e dois) artigos que abordam o tema desta pesquisa. Na análise desses artigos, foram identificadas 55 (cinquenta e cinco) dimensões e, dentre essas, as mais utilizadas foram as seguintes: entusiasmo (4), confiança (7), desconfiança (7). Para Dimoka [7] reinvestigar conceitos de “confiança” e “desconfiança” em SI em relação a áreas correlacionadas do cérebro e mostra que a confiança e a desconfiança estão associadas a áreas separadas do cérebro. Através da análise dos artigos foi concluído, que o NeuroIS contribui para o desenvolvimento de novas teorias que possibilitam não só previsões precisas dos comportamentos relacionados às TIC que tenham impactos positivos nas variáveis econômicas e não econômicas, como produtividade, satisfação e bem-estar, mas também medidas que fornecem uma melhor compreensão. O NeuroIS abre um leque de possibilidades com as quais relacionadas Sistema de Informações e as ciências neurológicas, principalmente, neurofisiológicos relacionados ao uso de SI. Os insights produzidos a partir das pesquisas de NeuroIS eram impossíveis de serem observados sobre o viés do comportamentais em SI. Usando dados do corpo humano, os pesquisadores podem medir diretamente os efeitos subjacentes ao comportamento, particularmente efeitos afetivos e subconscientes.