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O comportamento da sociedade diante da relatividade entre a produção e consumo entre os níveis ideais e os praticados na atualidade
Marcio Alexandre Sivinski

Última alteração: 04-03-2020

Resumo


A sociedade cada vez mais necessita discutir as ações comportamentais que prorroga em relação às concepções de uso dos recursos naturais e das falsas premissas que não se sustentam em relação a bioeconomia. O ser humano como membro de uma sociedade dependente dos recursos advindos de um habitat finito, eleva os níveis de uso dos recursos disponíveis ao seu limite de resiliência. A forma como o ser humano em sua plenitude de inteligência, se mostra irracional ao não enxergar os dados que estão à sua frente, nos mostra que a temática ambiental muitas vezes é tratada como um adorno no nosso cotidiano, apesar dos discursos teóricos a sociedade não consegue assimilar o necessário e entrar em um estado de simplicidade. Os limites biofísicos do habitat que vivemos, vem sendo cotidianamente mostrado aos olhos da sociedade como suporte essencial à vida, e tem sido testado diariamente, as necessidades do ser humano, move a sociedade em direção ao esgotamento dos seus recursos. O ser humano possui o instinto natural da sobrevivência, mas a construção histórica da sociedade, nos mostra que a balança bioeconômica seria equilibrada se tivéssemos como variáveis a produção sustentável balanceada para suprir um consumo sustentável. Mas atualmente a sociedade preza valores que não são atrativos se trabalhados desta forma. O consumo desenfreado que participamos atualmente, trabalha com variáveis nada sustentáveis, uma vez que temos uma produção que busca atender não só as necessidades básicas, mas na atualidade se vai muito além disto. A criação de produtos que são construídos, muitas vezes com recursos que poderiam ser melhor utilizados, são usados em produtos muitas vezes supérfluos, que não são básicos à condição humana. Esta consciência de que ao termos uma produção mais sustentável, nossos recursos seriam usados de forma não só sustentável, mas também seria mais coerente com os princípios de uma sociedade “inteligente”. Através da bibliografia analisada, que apresenta tópicos da construção da sociedade humana, e do estudo dos parâmetros dos impactos que esta promove no ambiente. Será incitado o diálogo e a discussão sobre a temática referente ao assunto abordado. Objetivando-se assim propor a sociedade que esta se disponha a reduzir sua comodidade, sem necessariamente comprometer seus avanços tecnológicos, e administrar os recursos disponíveis, respeitar os ciclos naturais, respeitar os direitos das futuras gerações a um ambiente equilibrado. Podendo-se assim se concluir que a sociedade apesar de todo trabalho realizado, não se equilibra nas variáveis econômicas e biofísicas, podendo assim a mudança nos valores culturais ser a chave para a busca deste equilíbrio. Podendo ser preciso que a sociedade repense suas ações referentes ao tratamento dado economicamente a natureza, deixando de submetê-la às necessidades econômicas atuais. A fim de reestruturar-se como sociedade sustentável, se deve reaver a sistemática comportamental, cultural e econômica, para que as mesmas possam respeitar os limites biofísicos de nossa biosfera.