Última alteração: 20-11-2018
Resumo
A acessibilidade e a inclusão nos Serviços Públicos é um tema de grande relevância e que carece de estudos e ações, pois mesmo com as exigências legais os órgãos públicos continuam não atendendo as necessidades específicas de algumas pessoas na sua prestação de serviços, como por exemplo, a necessidade das pessoas surdas. Antes de relatar sobre a atividade é importante contextualizar que a pessoa surda, por não ouvir, apresenta uma diferença de comunicação, sendo que a sua primeira língua é a Língua Brasileira de Sinais (Libras) e o português é a sua segunda língua, e isso faz com que os surdos tenham características culturais e linguísticas diferentes. Nesse sentido, para que os serviços prestados sejam acessíveis aos surdos os servidores públicos deveriam saber se comunicar em Libras. Ao encontro desse problema, surgiu a possibilidade de realizarmos uma atividade prática na disciplina de Gestão de Pessoas, no Curso Técnico em Serviços Públicos, onde os estudantes foram desafiados a organizarem uma atividade de capacitação para servidores públicos, e o ponto de partida foi a identificação de uma necessidade de capacitação dentro do Serviço Público e assim surgiu a discussão sobre a falta de acessibilidade dos surdos. Nesse sentido, a oficina teve por objetivo discutir sobre a cultura surda, sobre o surdo no IFRS e ensinar aos participantes alguns sinais em Libras, entre eles o alfabeto e sinais importantes para receber o surdo e estabelecer uma comunicação inicial, além de ter sido uma possibilidade de colocar em prática as teorias relacionadas à capacitação de servidores. Para a realização da oficina foram divididas as tarefas entre os estudantes da turma, foram identificados os conceitos e sinais que seriam abordados e foi elaborado um material explicativo. Após, foram realizados encontros com os estudantes que aprenderam Libras para depois poderem ensinar os participantes da oficina. Também, foi elaborado um vídeo convidando a comunidade para participar da atividade, que foi publicado nas redes sociais do Campus Viamão. A oficina foi realizada em julho e contou com a participação de 40 pessoas, além da turma que ministrou a atividade. Com a realização da atividade podemos concluir que a acessibilidade e a inclusão são assuntos fundamentais em todos os espaços, inclusive no público, e que a atividade prática proporcionou experiências relevantes aos estudantes e participantes, pois refletirmos sobre as diferenças é fundamental para formarmos melhores profissionais que estejam comprometidos com a superação de desigualdades e a justiça social.