O mercado de orgânicos no Brasil está sendo empurrado pelo consumidor que está mais preocupado com a sua saúde e pelos produtores, que não visam apenas o lucro, como ocorre na maior parte dos negócios tradicionais. O produtor orgânico leva em consideração outros valores, difíceis de ser mensurados, mesmo enfrentando várias barreiras como: dificuldade de logística, excesso de burocracia e carência de insumos. A relação de confiança entre produtor e consumidor e o controle de qualidade são fundamentais, mas não basta só isso para que o pequeno produtor consiga crescer. Para que isso aconteça é preciso que se conquiste a certificação que garante que o produto está dentro do padrão definido pelo governo do país, de que ele é orgânico diferente da produção convencional, no caso do Brasil, a lei só permite que os produtos sejam vendidos como orgânicos, entre empresas, se possuírem essa certificação Os certificadores devem ser cadastrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), além de serem credenciados pelo Inmetro. Os produtores não são obrigados a obter a certificação no Brasil. Eles podem se organizar em grupo e se cadastrar junto ao MAPA para realizar a venda direta. Nesse caso, não há como vender para terceiros, só em feiras livres (direto ao consumidor) e para as compras do governo tornando-os pequenos produtores. A realidade é que os produtos orgânicos não são caros perante os convencionais, ele simplesmente custa mais para o produtor. Mas há uma terceira alternativa de certificação, o Sistema Participativo de Garantia, criado por associações e cooperativas, que estabelecem um Organismo Participativo de Avaliação da Conformidade (OPAC) com base na responsabilidade coletiva de produtores, consumidores, técnicos e outras partes interessadas e legalmente registrados. Neste sistema, os agricultores são responsáveis por inspecionar-se regularmente uns dos outros, garantindo  atendimento de conformidade orgânica. O principal objetivo deste projeto é informar e buscar entender os motivos que levam os produtores agroecológicos e orgânicos a seguir esse modelo de produção agrícola relacionados a colaboração, perspectivas, barreiras, desenvolvimento e ampliação da produção e certificação orgânica. A metodologia que será utilizada para este estudo será primeiramente  bibliográfica, tendo  como base principal os registros de estudos feitos no passado com a intenção de comprovar suas teorias levando em consideração a  responsabilidade ecológica, responsabilidade social, preservação do homem no campo, vantagens medicinais, além de uma pesquisa qualitativa com aplicação de entrevistas de profundidade com  pequenos produtores de feiras livres inicialmente. Os dados obtidos servirão de base para a construção posteriormente de ações que possam trazer melhoramento e incentivo a produção orgânica.