Portal de Eventos do IFRS, III Mostra de Pesquisa, Ensino e Extensão do IFRS - Campus Viamão

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#LeiaMulheres IFRS
Camilly Vitória Angei da Silva, Marlize Paz dos Santos

Última alteração: 13-11-2018

Resumo


Manuais de literatura tradicionais, como de Alfredo Bosi e Antônio Cândido, que são usados em faculdades de Letras em todo o país, privilegiam o estudo de obras de autoria masculina. Em função disso, muitas vezes a formação dos próprios professores de literatura e de língua portuguesa se torna deficiente em termos de diversidade autoral, criando assim uma espécie de círculo vicioso, sendo esta posição perpetuada nas instituições de ensino. No entanto, de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica (DCN's), é preciso problematizar o modelo organizacional de ensino que possuímos hoje, pois ele não vem dando conta das pluralidades dos sujeitos que a constituem. Ao usar a expressão 'inclusão social', os DCN's citam algumas categorias, como classe, gênero, raça e etnia. Por isso, um projeto que subverta esta lógica e foque na leitura de obras escritas por mulheres é uma forma de complementar a formação dos alunos, trazendo textos que geralmente não são trabalhados no ensino médio.  Neste sentido, com intuito de reverter o que está posto, focando em atividades que proporcionem reflexões acerca da desigualdade de gênero , a proposta é que, a partir dessas reflexões se possa propor algumas soluções para essas questões em nossa comunidade. Este é uma reedição do projeto realizado com sucesso no Campus Viamão e atualmente executado no IFRS Campus Rolante, que inspirado pelo crescente número de clubes de leituras voltados especificamente à literatura feminina realizemos atividades que auxiliem no estimulo à leitura bem como trazem referencias diversas em gênero e raça com intuito de positivá-las no contexto social e acadêmico. As ações são realizadas de forma complementar aos períodos de aula regular, por meio de grupos de leitura e da discussão de textos literários de autoria feminina. Até o momento já realizamos quatro clubes de leituras dos livros Mulheres de que correm como Lobos, de Clarissa Pinkola Estés; A duração do dia, de Adélia Prado; e Quarto de despejo - Diário de uma favelada, de Carolina Maria de Jesus e A garota que voê deixou para trás, de Jojo Moyes. Além disso, marcamos presença na XVII Feira do Livro de Rolante com um sarau poético e na Festa Junina do Campus Rolante com o Correio Amoroso de poemas femininos. Este projeto tem atuado de forma a produzir junto da comunidade academica saberes emancipatórios que articula a reeducação de um modelo antiquado de educação.



Palavras-chave


Literatura; educação; gênero

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