Neste projeto vamos apresentar uma proposta alternativa para substituir o uso de garrafas PET durante o consumo diário de água mineral para a hidratação do corpo. Estas garrafas são constituídas de politereftalato de etileno na sua composição que representam riscos de toxidade para o meio ambiente em virtude do tempo de degradação, pois levam centenas de anos para sofrer decomposição no ambiente. Os impactos negativos do uso deste material para armazenar substâncias no estado líquido nos estimularam a pesquisar e testar a produção de uma cápsula biodegradável e comestível. Durante corridas ciclísticas e maratonas observamos uma quantidade significativa de copos plásticos de água vazios que, após serem consumidos pelos atletas, são jogados ao chão contribuindo com a poluição visual, ambiental e aumentando o risco dos participantes sofrerem lesões por queda ao tropeçarem nestes recipientes plásticos. Para atingir os objetivos propostos, desenvolvemos a cápsula com base em uma técnica de Gastronomia Molecular, a Esferificação Reversa. Esta técnica consiste em aprisionar um líquido em uma esfera perfeita, para isto utiliza-se Alginato de sódio e Lactato de Cálcio, além do líquido que se pretende aprisionar. Primeiramente dissolvemos a substância desejada no Lactato de cálcio e imediatamente submergimos esta solução em um banho de Alginato de sódio, produzindo desta forma, uma fina película de gel termo irreversível resultante da reação do sal com os íons de cálcio, realizando o processo chamado de Gelificação. Este sal de sódio é extraído de algas marrons encontradas em mares e oceanos frios, também pode ser cultivada em laboratório, e o Lactato é produzido por meio da fermentação do ácido 2-hidroxipropanóico. Realizamos diversos ensaios científicos para chegar ao ponto ideal de consistência e resistência, desta forma comprovando que a capsula apresenta comportamento diferente na presença de água em relação aos sucos artificiais e naturais. O projeto foi apresentado à comunidade de Viamão durante um evento científico de caráter sustentável e inovador em nosso colégio. Foi através da degustação das cápsulas biodegradáveis contendo água mineral pelo publico visitante que comprovamos a relevância da proposta, pois a aprovação e a curiosidade sobre a forma de fazer despertaram todos os olhares resultando ao projeto o título de destaque em Conscientização Ambiental. Continuamos as pesquisas e experimentos para encontrar a consistência ideal de armazenagem de outros líquidos, além da água. A conclusão deste estudo de alternativa sustentável vem ao encontro da urgência de apontarmos formas para a redução do consumo do plástico e não simplesmente sua reciclagem ou reuso, uma vez que, o microplástico obtido pela quebra mecânica de resíduos maiores de plástico, é um dos principais responsáveis pela ilha de lixo formada nos oceanos colocando em risco a diversidade biológica e as gerações futuras.