Última alteração: 20-11-2018
Resumo
O Brasil é um dos maiores produtores de alimentos do mundo, atrás de Estados Unidos e União Europeia. A produção brasileira em sua maioria tem o caráter da agricultura tradicional, utilizando diversos tipos de agrotóxicos para aumentar o desempenho e rendimento do setor agrícola. O nosso país é o maior consumidor de defensivos agrícolas do mundo, sendo que já é comprovado que esses produtos químicos podem desenvolver doenças crônicas e agudas, demonstrando o risco que todos correm, tanto os produtores como os consumidores. Uma vez que no cenário mundial, o consumo de alimentos está em circunstâncias de crescimento significativo, constata-se a necessidade da apresentação de novas formas organizacionais no setor primário. Por meio de pesquisa em periódicos e aplicação de questionário a produtores e consumidores será realizada uma caracterização das motivações, desafios e novas formas organizacionais da eco-inovação na certificação orgânica. Pontuando estatisticamente os dados levantados que podem auxiliar, no estímulo da produção agroecológica e orgânica, e os meios de melhoria dos problemas constatados. A certificação orgânica é um dos meios de incentivo para essa transição da agricultura tradicional para a ecológica, pois trata-se da conformidade de um método de produção, habitualmente é um sistema em vários níveis: certificando o produtor, o sistema de produção e o processamento. Essa certificação cria uma maior transparência de todo processo, aumentando a credibilidade e melhorando a imagem. Estimulando que os produtores sigam critérios de qualidade para sua produção e comercialização. Países desenvolvidos já adotam essa política de qualificação, pois sabem que a produção convencional causa impactos ambientais, sociais e econômicos, trazendo benefícios somente para uma pequena parcela da sociedade e malefícios para uma grande fração, ocasionando desequilíbrios ambientais e problemas de saúde. A agricultura orgânica agrega peculiaridades em prol da natureza tanto para o meio ambiente, como para a saúde dos seres humanos gerando impactos positivos na economia, diante disso englobando os três pilares da sustentabilidade, que são ambiental, social e econômico.