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LINGUAGEM E POLÍTICA: UMA ANÁLISE FILOSÓFICA EM CHARLES TAYLOR E HANNAH ARENDT
Eduardo Sabaini de Melo

Última alteração: 16-11-2018

Resumo


As sociedades ao redor do mundo estão cada vez mais diversificadas. Sendo assim, compreender os seres humanos, as culturas e as suas expressões é fundamental para criarmos ambientes mais inclusivos e sociais a todos. Partindo de um ponto de vista filosófico, esse projeto tem como objetivo analisar os principais conceitos dos autores Charles Taylor e Hannah Arendt a respeito da linguagem, da política e dos aspectos sociais relacionados à condição humana. Analisando suas principais obras e fazendo uma conexão com a realidade atual, busca-se compreender a reflexão dos autores a respeito das sociedades. Por se tratar de uma pesquisa de cunho filosófico, a metodologia utilizada foi a hermenêutica dialética que é um método que utiliza a revisão bibliográfica, a interpretação e a adequação à realidade. Foram aprofundados alguns dos conceitos ligados aos autores: papel da linguagem no desenvolvimento humano, onde Taylor reflete sobre a importância que a linguagem tem no sentido de proporcionar ao ser humano a possibilidade de reflexão. E os dois principais conceitos de Arendt: direito a ter direitos e banalidade do mal. Para a autora, os direitos do homem são inalienáveis por serem independentes de todos os governos, não necessitando de nenhuma autoridade ou instituição para protegê-los. Por isso, quando todos os direitos legais, sociais e morais eram retirados do ser humano conceituado apátrida, constituía-se a possibilidade de governos utilizarem a desnacionalização como uma ferramenta para perseguir as pessoas, atividade que foi executada pelo governo de Adolf Hitler na Alemanha (1934-1945). Arendt atribuía o termo banalidade do mal à incapacidade de pensar e à execução automática de tarefas do burocrata moderno. Ou seja, a falta de pensamento crítico individual de forma indiferente ao que diz o estado, o pensar por si mesmo. Após presenciar o julgamento de Adolf Heichmann, burocrata responsável pela deportação de judeus na segunda guerra mundial, quando o acusado durante todo o julgamento se defendeu dizendo estar dentro da lei do país a qual pertencia, quando cometeu os crimes de guerra. A autora analisou as implicações de uma forma de mal na política perpetrado por uma massa burocrática de indivíduos normais, embora incapazes de submeter os acontecimentos a um julgamento reflexivo.

Palavras-chave


Palavras-chave: linguagem; política; condição humana

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