As atividades de educação musical têm o potencial de desenvolver o ser humano em diferentes aspectos, dentre eles o cognitivo, social e cultural. Pensando por esse viés, o Projeto Marching Band que tem seu eixo ligado ao ensino, tem como objetivo proporcionar aos estudantes a aprendizagem prática da música, tornando-os protagonistas do processo artístico. Este projeto teve início no primeiro semestre do ano de 2019 a partir da chegada de uma doação de instrumentos musicais, resultado de uma iniciativa dos estudantes do Curso Técnico em Comércio – Proeja do IFRS Campus Rolante, que durante dois anos realizaram jantares com intuito de arrecadar fundos para a compra de instrumentos. Tal ação foi motivada pela tradição de desfiles de bandas marciais escolares na região do Vale do Paranhana. O projeto Marching Band é formado por estudantes e servidores do Campus Rolante que atuam como instrumentistas, tocando bumbo, caixa-clara, prato-a-dois, lira, surdo, quadritom, saxofone e trompete. Os arranjos musicais foram compostos pela coordenadora do projeto em conjunto com os estudantes, de acordo com as especificidades e necessidades do grupo. Os ensaios ocorreram semanalmente durante o intervalo dos turnos da manhã e tarde, o que possibilitou a participação de estudantes de ambos turnos. Em 2019, o projeto participou de eventos como o desfile no 7 de setembro juntamente com diversas bandas e escolas da cidade; a II Noite Cultural do IFRS, evento de extensão que ocorre no final do ano letivo no Campus Rolante; além da gravação de um documentário sobre o próprio projeto realizado pela equipe de comunicação da Instituição. No decorrer do processo, foi possível observar o constante desenvolvimento no que diz respeito à aprendizagem de música, sendo que estudantes que nunca haviam tocado um instrumento musical participaram de apresentações tocando de forma efetiva. Além disso, as práticas em grupo propiciaram a construção do respeito pelo próximo, uma vez que cada membro da banda tem o seu momento para tocar e para ouvir o colega. Os estudantes e a comunidade relataram estar contentes com a participação e atuação do projeto.