Portal de Eventos do IFRS, VI Mostra de Ensino, Pesquisa e Extensão do IFRS Campus Rolante

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Luz, câmera e análise e o cinema enquanto ferramenta de propagação de realidades historicamente silenciadas.
Gustavo Daniel Ranft, Thayná Ósio Teixeira, Yasmin Corrêa Eltz, Milena de Souza Sutel, Nicolly Braun Machado

Última alteração: 28-09-2023

Resumo


O Luz, câmera e análise é um projeto de extensão do IFRS – Campus Rolante iniciado em 2021. Agora, em 2022, sem os impedimentos da pandemia, o projeto busca utilizar filmes e curtas para trabalhar questões sociais com a comunidade do IFRS – Campus Rolante e das cidades ao seu redor. Esse trabalho discutirá como foi o processo de escolha e análise dos curtas trabalhados no ano de 2022, que foram relacionados a raça, sexualidade e pessoas com deficiência e foram trabalhados juntos com os núcleos do Campus Rolante – NEABI, NEPGS e NAPNE. Percebendo que a maioria dos filmes que abordam esses assuntos trazem uma visão homogênica e, quase sempre, estereotipada, esse trabalho terá como objetivo mostrar quais foram os critérios utilizados para se escolher curtas com múltiplos pontos de vistas e discutirá tanto o que está por trás das histórias estereotipadas e problemáticas quando das histórias que abordam esses assuntos de formas sensíveis, realísticas e pessoais, partindo do princípio que muitos filmes que abordam, por exemplo, questões de pessoas com deficiência possuem pouquíssimas ou nenhuma pcd em sua parte técnica – roteirista, diretor, cinematografista, etc. – e isso resulta diretamente na qualidade dessas obras. Ainda, será abordado a inclusão e diversidade da indústria cinematográfica e como isso tem como consequência os temas que são abordados nos filmes; uma indústria composta majoritariamente por homens brancos cis-héteros produzirá filmes sobre as suas realidades. A diversidade precisa começar de dentro da indústria para a vermos nas obras. E as obras, por sua vez, são reflexo da indústria. Dessa forma, muitos dos curtas vistos pelo projeto não nasceram em ambientes puramente cinematográficos, mas sim de luta pela visibilidade e direitos dessas minorias. Trazendo a discussão de que filmes muitas vezes são muito mais do que entretenimento, são ferramentas de mudança politica e social que podem alcançar mudanças concretas ao mostrar a realidade e ponto de vista de minorias silenciadas e excluídas de debates públicos.

Palavras-chave


Cinema; inclusão; diversidade;

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