Última alteração: 28-09-2023
Resumo
A disciplina de Biologia e áreas afins deve buscar desenvolver aulas práticas como uma metodologia que auxilie na aprendizagem do conhecimento científico e raciocínio lógico. Quando é proporcionado ao aluno fazer pesquisa, se aprende a formular hipóteses, a experimentar, a observar e trabalhar em grupo. O processo de aprendizagem nas disciplinas de Biologia e áreas afins, que envolvam o estudo de tecidos, é geralmente feito pela associação entre o componente teórico e prático, sendo esse último realizado pela observação dos tecidos em microscópio óptico. A realização de aulas práticas envolvendo o uso de lâminas histológicas torna o aprendizado mais atrativo e dinâmico, trazendo um envolvimento maior do aluno tanto na educação de nível superior quanto na educação básica. Sendo assim, o objetivo desse projeto foi a criação de um laminário histológico para fins didáticos que possa contribuir com a educação, tanto de alunos da rede de ensino fundamental quanto do ensino médio. No laboratório agrotécnico do IFRS campus Rolante em parceria com o laboratório de histologia do Instituto de Ciências Básicas da Saúde e do laboratório de anatomia vegetal do Instituto de Biociências da Universidade Federal do Rio Grande do Sul foram confeccionadas lâminas histológicas de diversos tecidos. Foram preparadas lâminas de asa de borboleta, sendo possível visualizar suas escamas que possuem um papel importante na regulação da temperatura, pulga doméstica, asa de abelha composta por nervuras e membrana, mosquito Aedes aegypti, epiderme de Tradescantia zebrina, tireóide e paratireoide, raiz de cebola com as fases da mitose (divisão celular) e nematódeos de interesse veterinário. Além disso, foram desenvolvidos “cards” informativos para auxiliar os estudantes durante a visualização das estruturas no microscópio óptico. Após a finalização do processamento do material histológico e elaboração dos “cards” informativos, ações foram desenvolvidas nas escolas parceiras (Escola Municipal de Ensino Fundamental Rosa Elsa Mertins e Colégio Municipal Theóphilo Sauer, Taquara/RS), onde os alunos puderam observar as estruturas propostas pelo projeto. Associado a isso, foi aplicado um questionário com o intuito de averiguar se os alunos gostariam de ter aulas práticas utilizando microscopia. Foi constatado que 92,5% (N = 27) dos estudantes gostariam de ter esse tipo de vivência. Foi observado que durante as ações os alunos demonstraram interesse e curiosidade demonstrando que vivências dentro de um laboratório e aulas práticas são capazes de tornar o aprendizado mais dinâmico e atrativo, despertando o interesse do aluno.