Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), as mulheres representam a maioria dos ingressantes no ensino superior no Brasil. Em 2013, o percentual de ingresso foi 55%, enquanto que o número de mulheres que concluem o ensino superior chega a 60%. De acordo com o Censo do IBGE de 2010, as mulheres apresentam maiores níveis de escolaridade, representando a maior parte de brasileiros na graduação e pós-graduação das universidades do país. Porém, mesmo com o aumento do número da participação feminina nas diversas áreas do conhecimento, as meninas que ingressam no ensino superior, ainda são minoria em cursos historicamente com o predomínio masculino, como as Engenharias, por exemplo, onde apenas 32% do número total de matrículas são de mulheres. A baixa representatividade feminina em profissões dessa área, resulta num baixo interesse por meninas nas áreas das ciências exatas, principalmente na área da Física. Onde, no mundo, cerca de 10% dos profissionais dessas áreas são mulheres, enquanto que no Brasil esses números oscilam em torno de 5%. Com o intuito de investigar os processos através dos quais se produz, no ensino médio, o interesse por meninas a componentes curriculares das áreas das ciências da natureza e da área técnica, analisamos a influência do capital econômico e do capital cultural no desempenho escolar dos estudantes do Instituto Federal do Rio Grande do Sul – Campus Rolante.