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Escravidão e tráfico de africanos através dos registros de batismo (Rio Grande do Sul, 1780-1850): resultados parciais para as capelas de Rio Grande, Povo Novo, São José do Norte e Estreito
Lívia Pereira dos Santos, Gustavo Koch, Theodoro Timmen, Marcelo Matheus

Última alteração: 26-09-2018

Resumo


Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul

Campus Rolante

III Mostra de Ensino, Pesquisa e Extensão do IFRS Campus Rolante (2018)

Escravidão e tráfico de africanos através dos registros de batismo (Rio Grande do Sul, 1780-1850): resultados parciais para as capelas de Rio Grande, Povo Novo, São José do Norte e Estreito

Lívia Pereira dos Santos¹; Theodoro Salazar Timmen¹; Gustavo Otávio Koch¹, Marcelo Santos Matheus¹

 

¹Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) - Campus Rolante.


Resumo

Esta pesquisa se propõe a investigar quantos escravos africanos foram levados às pias batismais nas diferentes capelas do Rio Grande do Sul, entre 1780 e 1850, verificando a representatividade de tal fonte para a análise do tráfico transatlântico de africanos para o sul da América portuguesa e, depois, para o sul do Império do Brasil. Para tanto, as informações contidas nos batismos foram armazenas em um banco de dados construído a partir de uma tabela do Excel for Windows. Estas informações foram divididas em diferentes categorias analíticas: nome do batizando, se africano ou crioulo, a idade, a nação e/ou o grupo de procedência (no caso dos africanos), nome do senhor e, finalmente, nomes dos padrinhos. A quantificação destes aspectos está possibilitando a apreensão das principais tendências e/ou padrões dos batismos de escravos, e mais especificamente, dos batismos de africanos, no Rio Grande do Sul. Na atual etapa do projeto, o foco recai sobre as capelas da região porto-charqueadora. Mais precisamente, referimo-nos às capelas de Rio Grande, Pelotas, Povo Novo, São José do Norte e Estreito. Dentre as primeiras conclusões que podemos indicar está que a absoluta maioria dos registros de batismos de escravos era de crioulos e não africanos, o que, por um lado, indica uma importante reprodução natural e, por outro, uma possível sub-representação dos africanos nos batismos. Mesmo assim, uma quantidade expressiva de escravizados oriundos do continente africano também eram levados à pia batismal. Dentre eles, a maioria era natural da África Central (Angola, Congo, Cabinda e Benguela).

Palavras-chave: Escravidão. Tráfico. Registros de batismo.

 


Palavras-chave


Escravidão. Tráfico. Registros de batismo.

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