Portal de Eventos do IFRS, III Mostra de Ensino, Pesquisa e Extensão do IFRS Campus Rolante (2018)

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Utilização de estresses abióticos como estratégias de biofortificação da cultura da alface (Lactuca sativa L.)
Eduarda Portela Oliveira, Camily Alves Silva, Camila Correa, Sara Hartke, Vagner Ribeiro Gaier, Médelin Marques Silva

Última alteração: 24-09-2018

Resumo


A demanda por alimentos de alto valor nutricional e funcional aumentou nos últimos anos, visto que há maior conscientização da população sobre a relação existente entre alimentação e saúde. Nesse sentido, estratégias que permitam o incremento de compostos bioativos (biofortificação) em produtos alimentícios necessitam ser melhores estudadas. Dentre os métodos utilizados para realizar a biofortificação encontra-se o emprego de estresses abióticos controlados. É importante lembrar que quando a biofortificação é conduzida de maneira adequada, as culturas agrícolas não são significativamente prejudicadas. Nesse contexto, o presente trabalho visa estudar o efeito de diferentes estresses abióticos (radiação UV-C, aporte hídrico e aporte salino) sobre a composição mineral e fitoquímica de alface roxa. O experimento foi conduzido em casa de vegetação do IFRS - Campus Rolante (Rolante, RS) e a semeadura da alface roxa (Lactuca sativa L.) realizada em bandejas de poliestireno expandido (200 células) contendo substrato Carolina Soil®, sendo alocada uma semente por célula. Essas bandejas foram mantidas em sistema floating até o transplantio das mudas. Após o quadragésimo dia de semeadura, foi realizado o transplante das mudas de alface para vasos de 9 L contendo substrato e NPK (100g/vaso; 5-20-5). O delineamento   experimental foi totalmente casualizado e composto por quatro tratamentos e dez repetições. Os tratamentos foram: controle (T1); estresse hídrico (50 % de ETc) (T2); radiação por meio de lâmpadas UV-C Phillips® 30 W (3,7 kJ.m-2) (T3) e estresse salino (80 mmol/L NaCl). A irrigação está sendo realizada diariamente com volume de água ajustado conforme o período vegetativo de desenvolvimento e o valor de evapotranspiração da cultura. Os tratamentos (estresses) foram aplicados após o transplante das mudas de alface e continuarão sendo aplicados até o fim do desenvolvimento (≈80 dias) das mesmas, quando a amostragem será realizada. Para tanto, as amostras serão colhidas e particionadas, e na sequência acondicionadas à -18 ºC até o momento das análises (condutividade elétrica do solo; composição mineral das plantas de alface; composição fitoquímica das plantas de alface - compostos fenólicos totais/antocianinas/atividade antioxidante/atividade da enzima fenilalanina amônia-liase). Por fim, os resultados serão compilados e analisados quanto à normalidade (Shapiro-Wilk), à homocedasticidade (Hartley) e à independência dos resíduos. Na sequência, será realizada análise de variância (ANOVA) e quando esta apresentar-se significativa será aplicado o teste de comparação de médias (Tukey ; p ≤ 0,05). Estas análises serão realizadas com auxílio do programa SAS versão 8.0. A identificação de um ou mais tratamentos capazes de elevar o teor de compostos bioativos e que, ao mesmo tempo, não reduzam significativamente o rendimento da cultura pode contribuir com o desenvolvimento de estratégias simples e econômicas para a biofortificação de produtos alimentícios.


Palavras-chave


Biofortificação; estresses abióticos; alface; compostos bioativos

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