Última alteração: 24-09-2018
Resumo
As helmintoses gastrintestinais representam o mais sério problema sanitário da ovinocultura brasileira e mundial, provocando além de perdas significativas na produção a mortalidade em casos mais severos. Estabelecer medidas profiláticas, sobretudo as voltadas a diminuição do uso de drogas como método curativo, são fundamentais, uma vez que a resistência de cepas de vermes aos princípios ativos disponíveis no mercado, vem sendo amplamente constatada. Determinar o perfil parasitológico dos rebanhos ovinos do Vale do Paranhana é o objetivo deste estudo, assim espera-se contribuir com o sucesso das criações da região. Para obter este resultado, exames coproparasitológicos são fundamentais, é a partir deles que se conhece a causa e assim se torna possível e viável estabelecer medidas de controle. Este projeto está sendo desenvolvido em pequenas propriedades rurais das cidades de Taquara, Rolante e Riozinho e a metodologia utilizada é a realização das técnicas laboratoriais de Gordon e Witlock (OPG) e de Robert e Sullivan (Coprocultura). Os exames são realizados a cada mudança de estação, colhendo material de 20% dos animais de cada propriedade. Dos resultados já obtidos na colheita que antecede o inverno (meses de maio e junho – coleta 1), foi observado maior incidência de vermes pertencentes a superfamília Tricostrongyloidea, mas a determinação genérica não foi possível porque a carga parasitária dos animais não foi suficiente para a realização de coprocultura. Haemonchus contortus é geralmente a espécie mais prevalente em ovinos criados em clima tropical e sabe-se que este verme ocorre principalmente nas estações mais quentes do ano, assim, acredita-se que provavelmente foi a espécie mais encontrada nos animais até o presente momento. Os próximos exames serão feitos nos meses de setembro e outubro (coleta 2) e no mês de dezembro (coleta 3). Após isto, os resultados serão analisados.