O Continente Antártico é um dos locais mais sensíveis do planeta, revelando os impactos sobre o seu meio ambiente gerados pelo aquecimento global. Além disso, esta região é responsável pelo controle climático do planeta, seja terrestre ou oceânica. No continente não há ocupação humana nativa por conta do seu clima e relevo, mas encontram-se pesquisadores e militares de 30 países, inclusive o Brasil através do PROANTAR (Programa Antártico Brasileiro). O presente trabalho relata o projeto executado com as turmas da quarta e quinta série do Ensino Básico da Escola Municipal de Ensino Fundamental Klemens Bley, referente ao projeto de extensão do IFRS Campus Rolante intitulado “Antártida como objeto de problematização dos conceitos abordados na Geografia”. Foram realizados encontros semanais buscando por meio de diferentes estratégias de ensino e aprendizagem como exposição dialogada, tempestade cerebral e oficinas auxiliar na compreensão de aspectos conceituais da Geografia Física da Antártida como noções espaciais no globo terrestre, circulação geral da atmosfera, relevo terrestre, estrutura geológica e intemperismo. No primeiro encontro solicitamos aos discentes que desenhassem o conhecimento prévio sobre a Antártida e ao final do projeto, solicitamos que realizassem novamente o desenho sobre o tema, verificando assim o conteúdo aprendido com as atividades desenvolvidas no período. No primeiro desenho identificamos que mais de 85% dos discentes desenharam iglus, forma de habitação que não se encontra no Continente Antártico, lembrando provavelmente de informações relacionadas ao Ártico, também denominado de “Polo Norte”. No decorrer dos encontros foram utilizados diversos materiais e técnicas como o globo terrestre, fotografias de expedições do Programa Antártico Brasileiro a Península Antártica em 2018, vestimentas utilizadas em expedições, experimentos para demonstrar na prática aspectos conceituais da geografia e exposição dialogada do conteúdo relacionando o conhecimento também com a realidade local dos alunos. Os desenhos elaborados pelos alunos ao final do projeto demonstraram as seguintes constatações: 55% dos alunos realizaram desenhos que conflitavam os conhecimentos sobre a Antártida com informações utilizadas para comparar com a sua realidade local, 11% realizaram ilustrações similares aos desenhos elaborados no início do projeto e 34% dos alunos apresentaram evolução no conhecimento sobre a Antártida ilustrando aspectos ou conceitos relacionados à geografia física para demonstrar este continente.