Portal de Eventos do IFRS, Volume 5, 2021

Tamanho da fonte: 
Ateliê do PIBID: promovendo a inclusão digital dos estudantes
Kelen Berra de Mello, Jéssica de Oliveira, Gabriela Roth, Antônio Avelino Fachin, Bruna Sonda, Marine Lisbôa Alves Ferreira, Vitória Edna da Silva Gobi, Maria Eduarda Girardi Piazza, Andrey Vida Antunes, Danuza da Rocha Renosto

Última alteração: 21-10-2021

Resumo


O PIBID – Campus Caxias do Sul ocorre na Escola Municipal de Ensino Fundamental Governador Leonel Brizola, uma escola em que seus estudantes são de baixa renda, e maioria deles não tem acesso a computador e celular e por isso, não estão ambientados ao uso de tecnologias. Nesse sentido, a pedido da supervisora do PIBID, os bolsistas elaboraram Ateliês Matemáticos. Estes ateliês envolviam conceitos matemáticos aliados ao uso da tecnologia, como forma de inseri-los no meio da cultura digital de maneira lúdica. Neste trabalho são apresentadas as atividades desenvolvidas pelos bolsistas para os diferentes anos escolares, bem como uma série de vídeos que estão sendo elaborados de maneira a promover o pensamento computacional desses estudantes. Em um primeiro momento, os bolsistas aplicaram as suas atividades de forma remota e o professor acompanhava os estudantes dentro do Laboratório de Informática. Os bolsistas davam as instruções de como desenvolver a atividade seguindo um roteiro elaborado por ele e, o professor auxiliava na medida que os alunos apresentavam dificuldades. No segundo momento, os bolsistas foram presencialmente terminar a execução da atividade com os estudantes. Isto ocorreu em função dos estudantes da escola terem bastante dificuldade com o uso das tecnologias, sendo necessária a presença dos bolsistas para auxiliá-los. As atividades desenvolvidas foram: no sexto ano, foi criada uma história em quadrinhos envolvendo situações matemáticas usando o Book Creator; no sétimo ano, foi criado um Tangram para introduzir conceitos de frações utilizando o GeoGebra; já no oitavo e nono anos, foram produzidos jogos online como forma de estimular nos estudantes o desenvolvimento do pensamento computacional, utilizando o Scratch e o App Inventor, respectivamente. A maioria das atividades teve duração de cinco aulas de Matemática e os alunos mostraram-se bastante motivados e entusiasmados com as atividades. Algumas dificuldades encontradas pelos bolsistas foram: falta de habilidade dos alunos em utilizar o computador, principalmente em entrar nas suas contas pessoais de e-mail; problemas de comunicação entre os bolsistas e alunos durante o período online; conexão de internet instável da escola; a dificuldade de escrita dos estudantes, entre outras. Além dessas atividades, esperava-se criar um curso no contraturno como forma melhorar o desenvolvimento do pensamento computacional dos estudantes da escola. No entanto, em função da escola não ter um espaço físico disponível neste horário, esta atividade foi substituída por vídeos, que serão disponibilizados para os estudantes na plataforma virtual da escola. Atualmente já foram produzidos 3 vídeos, apresentando atividades lúdicas e interativas, bem como histórias narradas. A realização destas atividades oportunizou que os bolsistas conhecessem a realidade dos alunos, possibilitando criarem estratégias pedagógicas de forma a inseri-los ainda mais no meio digital. Ainda, esta atividade possibilitou que os bolsistas, estudantes do curso de Licenciatura em Matemática, conhecessem novas ferramentas tecnológicas, contribuindo para a sua formação acadêmica e profissional. Aliado a isso, esta foi a primeira experiência que os estudantes tiveram presencialmente na escola, motivando-os a permanecer no curso e no projeto. Por fim, pode-se afirmar que todas as atividades mostraram-se produtivas e conseguiram alcançar os seus objetivos, tanto na inclusão dos estudantes no meio digital, quanto na ampliação do conhecimento matemático acerca do conteúdo estudado.

Palavras-chave


Inclusão digital; PIBID; Matemática; Tecnologia; Ensino Fundamental.

Texto completo: PDF