Portal de Eventos do IFRS, 8º MOSTRA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA, TECNOLÓGICA E DE INOVAÇÃO

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Eficiência do tratamento de sementes no controle de Helicoverpa armigera (Hübner,1808) (Lepidoptera: Noctuidae) em soja
Felipe Ariel Biasi, Marcia Aparecida Smaniotto

Última alteração: 19-09-2018

Resumo


A soja é uma oleaginosa utilizada em grande escala na produção de óleos para consumo humano, além de ser fonte de matéria prima para produção de rações e concentrados usados na alimentação animal. A tecnologia que vem sendo utilizada na cultura, como o emprego de materiais genéticos de alto potencial produtivo, faz com que a produção seja crescente. Dentre as espécies de insetos da ordem Lepidoptera que causam danos em soja, destaca-se a Helicoverpa armigera, que tem causado preocupação por ser de ocorrência recente no país. A lagarta H. armigera é uma espécie polífaga, cujas lagartas foram registradas em mais de 60 espécies de plantas cultivadas e silvestres. Polifagia, alta mobilidade, alta fecundidade e diapausa facultativa são fatores fisiológicos e características ecológicas que facilitam a sobrevivência de H. armigera mesmo em habitats instáveis. Nas Américas, essa praga não havia sido detectada até 2013, quando sua ocorrência foi registrada em várias regiões agrícolas do Brasil. Como estratégias de manejo desta espécie de inseto-praga, podem ser utilizados cultivares resistentes, controle biológico e inseticidas. O tratamento de sementes é eficiente no controle emergencial de insetos-praga que causam danos foliares e que ocorrem no solo. Tratamento de semente é eficiente para controlar infestações precoces, oriundas de posturas feitas na soja, logo após a emergência das plantas. Tendo em vista os relatos acima o trabalho teve como objetivo avaliar a eficiência do tratamento de sementes no controle de H. armigera e analisar o controle dos usos de inseticidas individuais ou em mistura no tratamento de sementes, além de verificar até que fase fenológica da cultura da soja o tratamento de sementes é eficiente.  As avaliações se iniciaram na emergência da cultura da soja e encerraram aos 40 dias após a emergência das plantas de soja. A coleta dos insetos que ocorrem na parte aérea das plantas foi feita através de avaliações visuais e, quando as plantas atingiram porte mais elevado, foi utilizado o pano de batida. Os tratamentos apresentaram resultados parciais a campo diferindo das testemunhas em algumas avaliações. Notou-se que ocorreu o controle de outras espécies de insetos pragas de importância secundaria, como Cerotoma arcuata. Para melhor avaliação dos tratamentos e do controle da espécie será desenvolvido um experimento em casa de vegetação  na safra 2018/2019. A soja será semeada em vasos contendo substrato e adubação de base, onde serão semeadas as sementes tratadas, As lagartas serão inseridas nas plantas de soja com auxílio de um pincel aos 10, 15, 20, 30 e 40 dias após a emergência das plantas.  As lagartas estão sendo criadas no laboratório de entomologia do IFRS Campus Sertão e será utilizado saco de voile para evitar a fuga das mesmas e da ação de insetos predadores, assim evitando danos externos aos tratamentos.

Palavras-chave


: Insecta; lagarta do algodoeiro; oleaginosa; danos; controle.

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