Última alteração: 10-10-2018
Resumo
A bovinocultura tem grande importância na cadeia produtiva da carne bovina do país, porém é inegável que em função de sua dimensão e abrangência territorial, a pecuária bovina gera impactos ambientais nocivos. O objetivo do trabalho foi avaliar quais os fatores relacionados ao uso de tecnologias mais associados a maior sustentabilidade da produção da carne bovina. Os efeitos de sua produção, além de deteriorar o solo e a água pela má condução de práticas relacionadas ao pastejo e pisoteio dos animais, determinam também o aquecimento global pela emissão de CO2 e NH4. Desta forma, as sustentabilidades das produções para as gerações futuras ficam incertas. O Brasil possui maior rebanho comercial do mundo, é o primeiro maior exportador de carnes bovina do mundo, com mais de 9,03 milhões de toneladas/carne/ano. Neste contexto o Rio Grande do Sul possui excelência nesta produção, mas, possui também grande variabilidade de arranjos produtivos que determinam maior ou menor produção, bem como maior ou menor proteção ao meio ambiente. Neste sentido, somente observar a produção em si não atende aos anseios da produção atual, devendo assim, pontuarem-se quais os fatores e biotecnologias que mais incrementam a produção animal sem agredir o meio ambiente, permitindo assim garantia de produção para as gerações futuras e qualidade de vida. A pesquisa foi realizada em 15 propriedades de gado de corte, sendo as mesmas pertencentes ao estado do Rio Grande do Sul, foi realizado levantamento de dados referentes a estrutura do rebanho e da propriedade. Também foi realizada a coleta de solo para análise para mensuração do teor de matéria orgânica. Para compreender a produção sustentável da carne bovina foi criada a seguinte variável, Kg de peso vivo por porcentagem de mateira orgânica por hectare. As quais se beneficiam gradativamente, quanto maior o consumo de forragem pelos animais, terá ganho de peso e consequentemente o acumulo de matéria orgânica no solo. Para analisar e compreender os resultados utilizou-se o agrupamento de propriedades com menor liberação de gases de efeito estufa através do procedimento FASTCLUS. Para observar os fatores que mais explicam esta variação realizou-se procedimento FACTOR e, para entender os efeitos de um fator sobre outro, o procedimento CANCORR. Todas as análises foram realizadas, utilizando-se o programa computacional Statistical Analysis System (SAS). As propriedades mais eficientes demonstraram que as produções de carne com maior sustentabilidade estão associadas ao uso de biotecnologias como, inseminação artificial, suplementação por categoria animal, além de manejos de pastagens e adubação e o acabamento de animais em confinamento determinando assim maior proteção ao meio ambiente.