Portal de Eventos do IFRS, 8º MOSTRA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA, TECNOLÓGICA E DE INOVAÇÃO

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Abelhas sem ferrão: levantamento das espécies presentes no IFRS Campus Sertão e desenvolvimento de colmeias para produção de mel e multiplicação de colônias
Maurício Piccoli Bonatti, Márcia Aparecida Smaniotto

Última alteração: 19-09-2018

Resumo


As abelhas indígenas ou nativas, conhecidas popularmente como abelhas sem ferrão, apresentam importância relativa quando se trata de polinização e preservação da fauna e da flora brasileira. Com o estabelecimento das colmeias é possível obter mel, multiplicar colônias, retirar própolis e/ou geoprópolis e produzir verniz ecológico. Muitas pessoas, na busca pela extração do mel, acabam por destruir a planta hospedeira e também inviabilizar a colmeia, por falta de experiência. Se considerarmos a importância das abelhas para a humanidade, a destruição das colônias não deveria ocorrer. Estudos envolvendo abelhas sem ferrão são escassos e este é o primeiro levantamento dessa natureza a ser realizado no IFRS Campus Sertão. Este projeto tem por objetivo identificar a quantidade de espécies de meliponíneos presentes no campus, desenvolver modelos de colmeias tanto para produção de mel, quanto para a multiplicação de colônias, bem como para a retirada de própolis e/ou geoprópolis e fundar o primeiro meliponário no campus. Além disso, de acordo com o resultado da pesquisa, serão fixadas placas de identificação das espécies encontradas, indicando o comportamento, biologia e suas principais funções na natureza. A ideia é conscientizar a comunidade interna do IFRS Campus Sertão quanto ao uso de agrotóxicos e o impacto causado pela derrubada de árvores ou até mesmo da retirada de forma errônea do mel, bem como desvendar alguns mitos comportamentais das espécies e trazer algumas técnicas de manejo, para evitar os frequentes erros que ocorrem por falta de experiência. O trabalho iniciou com a floração da maioria da vegetação perene, época na qual as abelhas apresentam maior atividade. Foram distribuídas iscas na mata pertencente ao IFRS Campus Sertão para captura de enxames. As iscas foram elaboradas com jornais, sacolas plásticas e garrafas pet, visando a reutilização de materiais que seriam descartados. O feromônio ou atrativo foi produzido com própolis, álcool 70%, pólen e betume. Essas iscas permanecerão no campo por aproximadamente 30 dias e ainda não existem resultados. Quanto ao levantamento populacional, pelo menos dez colônias já foram identificadas na área social do campus, sendo as principais espécies compostas por mirim e jataí. As placas de identificação das espécies estão sendo elaboradas e as colmeias já estão sendo projetadas por meio de softwares específicos para engenharia e projetos em 3D. Futuramente será realizada uma palestra integrando a conservação das espécies com a preservação da natureza, além de trazer informações à comunidade interna do IFRS Campus Sertão sobre práticas para criação de abelhas sem ferrão e a produção de verniz ecológico. O trabalho que está sendo realizado no campus, conscientizará e conduzirá a comunidade à, principalmente, atuar na preservação das espécies de meliponíneos e da flora brasileira, além de aprimorar e até mesmo conhecer técnicas de manejos das espécies.




Palavras-chave


meliponíneos, classificação, conscientização, colmeias, colônias

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