Última alteração: 01-10-2018
Resumo
O trigo (Triticum aestivum L.) é um dos alimentos mais antigos do mundo, sendo consumido a cerca de 10000 a.C. pelo homem e, na região sul do país, constitui um dos cereais mais importantes para a sustentabilidade de sistemas de produção. O Brasil destaca-se como um dos países com maior produção agrícola no mundo, no entanto, para obter um melhor rendimento de grãos um dos primeiros passos é a escolha do cultivar que mais se adapta a região. Dessa forma, o sucesso da produção está diretamente atrelado a escolha da cultivar e estas dependem de condições específicas de ambiente e manejo. Tão importante quanto o rendimento de grãos, outra característica desejada em cultivares de trigo é a força geral de glúten, primordial na qualidade industrial da farinha. Essa característica é fundamental para a panificação, onde os produtos são minuciosos quanto à capacidade plástica e tenaz, representadas pelo peso hectolitro (pH). Considerando este contexto, o objetivo do trabalho foi avaliar a adaptabilidade de cultivares de trigo, quando submetidas aos mesmos tratos culturais e fatores ambientais, na região Norte do Rio Grande do Sul, buscando informações sobre seu potencial de rendimento e qualidade do grão. O experimento foi conduzido no ano de 2017 e está sendo conduzido novamente em 2018, no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) - Campus Sertão. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso com quatro repetições, sendo conduzidas sobre as mesmas condições de ambiente e manejo conforme indicações para a cultura. As cultivares de trigo foram semeadas com densidade de 330 plantas m², dispostas em 120 parcelas, sendo cada parcela formada por cinco linhas de 5,0 m de comprimento e espaçadas a 0,20m entre linhas, totalizando uma área de 5m². Os resultados obtidos no ano de 2017 demonstram que as cultivares que obtiveram a maior produtividade foram, Marfim com 3.218 kg ha¹, Ametista com 2.856 kg ha¹, Jadeíte com 2.774 kg ha¹, CD 1303 com 2.773 kg ha¹, LG Supra com 2.730 kg ha¹, BRS Reponte com 2.727 kg ha¹, Tbio Alpaca com 2.705 kg ha¹, LG Ouro com 2.684 kg ha¹, Topázio com 2.678 kg ha¹, ORS Vintecinco 2.645kg ha¹. Estas cultivares produziram 35% a mais em relação às cultivares menos produtivas, que foram Tbio Sintonia com 2.132 kg ha¹ e Quartzo com 2.059 kg ha¹. Quanto à qualidade de grãos, que leva em consideração o pH, a cultivar ORS Vintecinco 2.645kg ha¹, alcançou o melhor resultado. As cultivares mais produtivas foram as que demostraram maior peso hectolitro.
Tbio Alpaca com 2.705 kg ha-1, LG Ouro com 2.684 kg ha-1, Topázio com 2.678 kg ha-1, ORS Vintecinco 2.645kg ha-1