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Efeito da época de aplicação dos herbicidas 2,4-d e iodosulfuron-metil na cultura do trigo
Última alteração: 28-09-2018
Resumo
Na cultura do trigo (Triticum aestivum L.), uns dos principais fatores para se obter o teto produtivo é o manejo de controle das plantas daninhas, que afetam diretamente sua produção. No controle em pós-emergência na cultura, utiliza-se herbicidas que pertencem ao grupo químico das sulfoniuréias e herbicidas mimetizadores de auxinas. Porém, deve-se levar em consideração que os efeitos de aplicação dos herbicidas podem causar fitotoxicidade na cultura. O trabalho teve como objetivo, desenvolver as aplicações dos herbicidas 2,4-D e iodosulfuron-metil em diferentes estádios do desenvolvimento da cultura do trigo, observando as fitotoxicidade na cultura. O experimento foi conduzido na casa de vegetação no IFRS-Campus Sertão, e o delineamento experimental foi de blocos interamente casualizados com quatro repetições. Os manejos foram feitos com aplicações dos herbicidas 2,4-D e iodosulfuron-metil em nove estádios de desenvolvimento da cultura do trigo. Os dados avaliados foram: fitotoxicidade aos 7, 14, 21, 28, 35 dias após aplicação (DAA), número de afilhos por plantas (NAP), número de espigas por planta (NEP), número de grãos por espiga (NGE), peso de mil grãos (PMG) e rendimento de grãos por planta (RGP). A escala da avaliação da fitotoxicidade seguiu os números de 0 a 100, sendo que 0 significa que não ocorreu nenhum dano à planta e que 100 ocorreu a morte da mesma. Através dos resultados obtidos, foi feito a análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de significância, onde observou-se que nos 7 DAA do herbicida iodosulfuron-metil ocasionou fitotoxicidade em todos os estádios fenológicos. Recorrente as aplicações do herbicida 2,4-D, notou-se sintomas de fitotoxicidade somente quando aplicado no crescimento e afilhamento da plântula. Referente ao número de afilhos por plantas (NAP), notou-se que apresenta diferença com a aplicação do 2,4-D no início do afilhamento, tendo maior número de NAP, comparado com a testemunha. O número de espigas por planta (NEP), não apresentou diferenças com a aplicação. A variável número de grãos por espiga (NGE), quando aplicado 2,4-D nos estádios de início do afilhamento, afilhamento e espigamento, produziu menos que a testemunha, e quando aplicado no florescimento produziu menos que a testemunha e que o trigo que recebeu a aplicação de iodosulfuron-metil. Quando aplicado 2,4-D no emborrachamento, encontrou-se maior PMG em relação ao iodosulfuron-metil. Já no florescimento, o PMG foi superior ao da testemunha dos tratamentos com iodosulfuron-metil. Conclui-se que os herbicidas em questão não apresentam um grau de fitotoxicidade extremamente alto ao ponto de causar quedas no rendimento de grãos, porém ressalta-se que o ideal é não aplicar 2,4-D nos estádios de desenvolvimento até o afilhamento da plântula, para evitar complicações devido a fitotoxicidade causada pelo herbicida.
Palavras-chave
Fitotoxicidade; Herbicida; Pós-emergência
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