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Análise produtiva e econômica do mérito genético e fertilidade de touros da raça Angus
Última alteração: 24-09-2018
Resumo
A escolha de um bom touro irá influenciar diretamente no melhoramento genético através da sua fertilidade e prepotência genética. O melhoramento genético é um dos pontos mais importantes para elevar a eficiência produtiva dos animais e por consequência ter um aumento na lucratividade. Juntamente com essas escolhas, sempre devem ser tomados alguns cuidados para que a fertilidade de um determinado touro não seja afetada. Esses pontos são em relação ao bem-estar deste animal (nutrição, sanidade, manejo...) e manipulação do sêmen para que não ocorra a diminuição da fertilidade e por consequência a diminuição da efetividade deste sêmen. Os touros utilizados no referente trabalho são da raça Angus e, estes animais foram introduzidos no Brasil por volta dos anos de 1906, com excelência na produção de carne e tendo pelagens que variam de vermelho e preto. Uma de suas características é a alta fertilidade o que proporciona um maior rendimento quantitativo e qualitativo da carcaça. O objetivo do presente trabalho foi comparar os indicadores zootécnicos e econômicos baseando-se no desempenho esperado da progênie (DEP) e índice de fertilidade (IFERT) de touros da raça Angus. Para isto, foi realizada a coletada de dados de 19 touros provenientes da empresa CRV Lagoa e separados em dois grupos, através do procedimento FASCLUS, sendo um deles composto por 10 animais referentes aos menos férteis e os outros 9 os mais férteis. Posteriormente coletou-se dados relacionados ao índice de fertilidade (IFERT), peso ao nascer (PN), peso a desmama (PD), peso ao ano (PA), ganho médio diário (GMDR), peso de carcaça (PC), circunferência escrotal (CE) e marmoreio (MARM). Para melhor visualização do efeito produtivo e econômico da utilização destes touros, foi criado um cenário em rebanhos comerciais com 1000 vacas. Para observação dos resultados produtivos e econômicos nos cenários, observou-se Kg de carcaça obtidos através das características em estudo e, posteriormente multiplicou-se os Kg de peso de carcaça obtido pelo valor médio da carne no mercado, R$ 9,20. O resultado deste trabalho foi que o grupo de touros mais férteis produz maior quantidade de carcaça e apresentam baixo marmoreio e maior rentabilidade para a pecuária, quando comparado ao grupo menos fértil. Em relação a peso ao nascer, peso a desmama, peso ao ano, peso de carcaça não houve diferença significativa entre os dois grupos. Conclui-se que a fertilidade e o mérito genético de touros são determinantes para maior eficiência produtiva e maior rentabilidade econômica da pecuária de corte.
Palavras-chave
fertilidade;melhoramento genético;DEP
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