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A crescente demanda por alimentos, impulsionada pelo aumento populacional global, coloca a agricultura como peça chave para atender essas necessidades. O Brasil, com sua vasta extensão de terras e diversidade climática, tem grande potencial para o cultivo de várias culturas, incluindo o trigo, uma das principais fontes de carboidratos. No entanto, a produção de trigo no país enfrenta obstáculos, especialmente na região Sul, onde as condições climáticas adversas desestimulam muitos agricultores a investir na cultura. Este estudo foi realizado no município de Sertão, no Rio Grande do Sul, e teve como objetivo avaliar a adaptabilidade de 30 cultivares de trigo, com foco no rendimento de grãos. O experimento ocorreu na área experimental do IFRS – Campus Sertão, em um delineamento de blocos casualizados com quatro repetições por cultivar. Foram mensurados parâmetros agronômicos como o número de dias até a emergência, resistência ao acamamento e rendimento de grãos. Os dados foram submetidos a análise estatística, o que permitiu identificar as cultivares com maior produtividade e resistência. As cinco melhores cultivares em produtividade foram FPS Regente, com média de 2.101,31 kg/ha-1; ORS Feroz, com 1.633,99 kg/ha-1; TBIO Ênfase, com 1.418,30 kg/ha-1; ORS Absoluto, com 1.303,92 kg/ha-1; e ROOS 90, com 1.511,44 kg/ha-1. Já as cinco cultivares com os piores resultados foram BRS Belajoia, com 473,86 kg/ha-1; Inova, com 478,76 kg/ha-1; TBIO Audaz, com 777,78 kg/ha-1; TBIO Sinuelo, com 686,27 kg/ha-1; e ORS Madrepérola, com 691,18 kg/ha-1. Embora a média geral de rendimento tenha sido de 1.095,70 kg/ha-1, os resultados ficaram abaixo das expectativas iniciais devido às condições climáticas desfavoráveis que afetaram a qualidade dos grãos. A grande variação de rendimento entre as cultivares destaca a relevância de selecionar as variedades adequadas para otimizar a produção de trigo na região. Avaliar a qualidade do trigo é crucial para sua aceitação no mercado e para a segurança alimentar. Esta pesquisa destacou cultivares que apresentaram bom desempenho nas condições regionais, proporcionando alternativas viáveis para incentivar a produção na região. Adicionalmente, enfatiza o papel estratégico da triticultura no Brasil e a relevância de práticas de manejo adequadas para enfrentar desafios climáticos. A seleção de cultivares mais resistentes traz benefícios diretos à agricultura local e fomenta o desenvolvimento de programas de melhoramento genético, com reflexos positivos na produtividade.

Rendimento; Qualidade; Adaptabilidade.