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Eficácia do tratamento de sementes no controle de Dalbulus maidis (DeLong & Wolcott) (Hemiptera: Cicadellidae) em cultivos de milho
Nathália Tafarel Sutorillo, Márcia Aparecida Smaniotto, Luisa Fontana, Mateus Zangirolami Depieri

Última alteração: 17-10-2024

Resumo


Nos últimos anos agrícolas, a produção de milho no Rio Grande do Sul enfrentou grandes desafios devido à alta incidência da cigarrinha-do-milho Dalbulus maidis (DeLong & Wolcott) (Hemiptera: Cicadellidae). Embora cerca de 44 espécies de cigarrinhas possam ser encontradas no milho, apenas D. maidis é capaz de transmitir enfezamentos. Tanto as ninfas quanto os adultos causam danos à cultura, sendo que o milho é a planta hospedeira preferencial para a multiplicação e sobrevivência desse inseto. A cigarrinha pode transmitir vírus e Mollicutes, doenças que podem reduzir o rendimento de grãos em até 70%, destacando a importância de um controle eficiente do vetor D. maidis. O dano causado por essa praga não está diretamente relacionado ao tamanho da população, e não há um nível de ação preestabelecido para seu manejo. Além disso, não existem materiais genéticos resistentes à cigarrinha. O período mais crítico para sua ocorrência na cultura do milho vai da emergência até o estágio V8, sendo que a infecção precoce pelas doenças transmitidas agrava os sintomas. A segunda safra de milho tende a ser mais afetada pela cigarrinha devido à migração das populações remanescentes da primeira safra. Portanto, proteger as plantas durante os estágios vegetativos iniciais, especialmente na segunda safra, é fundamental. O tratamento de sementes com inseticidas registrados é uma prática amplamente recomendada dentro do manejo integrado dessa praga. Nesse contexto, com o objetivo de aumentar a eficiência no controle da cigarrinha e reduzir o número de aplicações de inseticidas, este trabalho visa avaliar a eficácia de diferentes ingredientes ativos no controle de D. maidis em milho. Serão testados seis tratamentos, utilizando os seguintes ingredientes ativos: imidacloprido, bifentrina combinada com imidacloprido, clotianidina, tiametoxam, além de uma testemunha. As doses comerciais serão aplicadas, e a semeadura será realizada em vasos. As avaliações de mortalidade da cigarrinha ocorrerão aos 5, 10, 15 e 20 dias após a emergência do milho. Os resultados obtidos fornecerão informações valiosas para os agricultores no manejo da cigarrinha, auxiliando na escolha do produto mais eficaz e contribuindo para o aumento da produtividade e rentabilidade das lavouras.

Palavras-chave


Cigarrinha-do-milho, Enfezamentos, Controle de vetores, Inseticidas e Produtividade.