A colheita mecanizada da soja enfrenta grandes desafios em relação à eficiência produtiva, especialmente em pequenas e médias propriedades. As perdas nesse processo afetam diretamente a lucratividade dos produtores e a sustentabilidade das atividades agrícolas. Embora as tecnologias em máquinas agrícolas tenham avançado, a falta de regulamentações corretas e o monitoramento inadequado ainda causam prejuízos financeiros e desperdício de recursos. O objetivo deste projeto foi avaliar e mensurar as perdas de grãos durante a colheita da soja em diferentes municípios da região Noroeste Rio-Grandense, empregando um método confiável.O projeto foi desenvolvido em propriedades dos municípios Sertão, Estação e Ronda Alta, utilizando a metodologia da Embrapa Soja Londrina "Para quantificar as perdas, foram delimitadas áreas de 2m² com uma armação de ferro e corda, sendo os grãos encontrados medido o seu volume por meio de um copo volumétrico, associando o resultado em sacas por hectare .As amostras foram colhidas em cinco pontos diferentes de cada propriedade, analisando as perdas tanto na plataforma de corte quanto nos mecanismos internos da colhedora. Esses dados foram comparados com referências da literatura, identificando perdas aceitáveis ​​e recomendando ajustes necessários nas máquinas. Os resultados revelaram uma variação significativa nas perdas. Em uma propriedade, em Estação (RS), foram observadas perdas de até 3,5 sacas, sendo 2 sacas provenientes da plataforma. Em Ronda Alta (RS), as perdas foram de 3 sacas, com 2 sacas também originadas na plataforma. As menores perdas ocorreram no Sertão (RS), com 0,7 sacas, sendo 0,5 sacas na plataforma. Na propriedade de Orlando Slaviero, no Sertão, o prejuízo foi de 0,8 sacas. Observa-se com esse estudo que a adoção de práticas adequadas e ajustes nas máquinas pode reduzir significativamente as perdas e melhorar a eficiência produtiva, aumentando assim a rentabilidade dos agricultores.