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Bosque educação popular e reforma agrária: consciência e mudança
Manuella dos Santos Villanova, João Carlos Ruszczyk, Gabriela Betina dos Santos, Luana Nickhorn, Thaemy Ribeiro dos Santos, Gabriela Cristina Lins Supertti, Endrio Nunes Pagotto

Última alteração: 15-10-2024

Resumo


O Projeto "Bosque Educação Popular e Reforma Agrária" combina duas ideias importantes:  áreas verdes (proteção ambiental)  e espaço de  educação e aprendizado (teoria/prática), discussão de  conceitos como: agrofloresta, agroecologia, sucessão vegetal, adubação verde, permacultura, entre outros. No projeto, os conceitos são construídos na prática, como uma perspectiva de  preservação ambiental e produção sustentável. O método utilizado foi  desenvolvido pelo botânico japonês Akira Miyawaki, é uma técnica de reflorestamento e restauração ecológica, nesse método, recomenda-se o plantio adensado, utilizando  espécies nativas. O método promove um crescimento rápido das plantas devido à escolha das espécies e à alta densidade de plantio, após a instalação, a floresta torna-se autossuficiente e com  pouca manutenção e autosustentação, neste sentido contribui para a restauração da qualidade do solo e para a melhoria da biodiversidade da área. O projeto que está no seu terceiro ano, com a implantação do bosque, caminha para a efetivação das plantas aromáticas, medicinais e dos espaços de sociabilidade, além de se ajustar ao conceito de um laboratório a céu aberto, a ser liberado para uso no próximo ano. Neste sentido  realizamos reuniões semanais para discutir e organizar melhor as atividades no bosque, dentre os trabalhos realizados, focamos: no manejo dos citros e no plantio da área 02 do bosque que foi incorporada a partir do trabalho na área 01, tendo a partir do manejo neste ano produzido 2.000 kg de citrus doados a instituições e escolas comunitárias; bem como no replantio das mudas que não cresceram bem e plantamos novas espécies nativas; aplicação de adubação verde,  adubos orgânicos  e inorgânicos, visando a melhoria da fertilidade; manejos das árvores frutíferas (removendo líquens e plantas), realizamos a poda para permitir mais entrada de luz (fotossíntese e desenvolvimento). O projeto foi o nascedouro de outra parceria, com a comunidade  da Arvinha/Sertão/RS, onde planejamos implantar o método junto com sistemas de agrofloresta, PANC (plantas alimentícias não convencionais)e plantas medicinais. Além disso, também temos nosso site, onde criamos um banco de dados, compartilhamos imagens e discutimos os projetos com o público, alcançando até mesmo um público internacional. Nosso objetivo desde o início sempre foi promover debates, educação e lazer por meio dessas iniciativas, acreditamos que estamos construindo e afirmando os objetivos dos projetos.



Palavras-chave


Agroecologia; Sustentação, Sociabilidade.