O azevém é a principal planta daninha da cultura do trigo, a qual contribui para a perda de produtividade devido à competição exercida por recursos do ambiente. Atualmente, o azevém apresenta resistência ao herbicida glyphosate e aos inibidores da enzima ALS em praticamente toda região sul do Brasil. Nesse sentido, o uso de herbicidas inibidores de ACCase é a principal alternativa química no controle desta planta daninha. O surgimento de biótipos resistentes ocorre em maior frequência em áreas onde há o uso repetido de herbicidas com o mesmo mecanismo de ação. Diante disso, o objetivo científico desse projeto foi identificar biótipos de azevém resistentes aos herbicidas inibidores de ACCase. Com relação ao ensino o objetivo é envolver os alunos do Curso de Agronomia nas atividades científicas e de extensão, por meio das disciplinas de Experimentação Agrícola, Ecofisiologia de Plantas Daninhas e de Controle de Plantas Daninhas, todas elas ministradas pelo coordenador do projeto. Com relação à Extensão o objetivo foi alertar a comunidade agrícola por meio de dias de campos, redes sociais e palestras sobre como evitar o ocorrência de biótipos resistentes ou como manejá-los caso a resistência já tenha sido identificada. Ao identificar um potencial biótipo resistente aos inibidores da ACCase foi realizada uma intervenção no local no sentido de evitar a dispersão destas sementes para novas áreas e conter a dispersão deste tipo de resistência. Além disso, nessas áreas há a necessidade de mudanças de manejos para que não haja perca na produtividade. O projeto foi implantado em estufa climatizada e a campo nas cidades de Vacaria/RS e Campos Novos/SC. Foi avaliada a suscetibilidade de diferentes biótipos de azevém aos herbicidas inibidores da ACCase, ALS e EPSPs. Além disso, foram realizados experimentos com controle alternativo em caso de ocorrência de azevém resistente aos herbicidas inibidores de ACCase. Com os resultados obtidos neste trabalho identificou-se biótipos de azevém resistentes aos inibidores ACCase e sua erradicação do sistema produtivo para manter a viabilidade do uso de herbicidas no manejo de plantas daninhas, por meio de ações de ensino, pesquisa e extensão.