Última alteração: 01-11-2022
Resumo
As doenças neurodegenerativas são condições muito debilitantes, ainda sem cura, e resultam na morte de neurónios, acarretam prejuízos significativos e amplos, perturbando os indivíduos afetados, cuidadores, sistemas de saúde e sociedade. Nos últimos anos no Brasil, estima-se que ocorreu um crescimento de 7,8% no número de pessoas que sofrem de doenças neurodegenerativas.
A proteína Beta-Amilóide ataca e destrói as sinapses e as conexões entre as células nervosas do cérebro - resultando em problemas de memória e demência da doença de Alzheimer. A proteína TAU tem como principal função estabilizar os microtúbulos pela agregação da tubulina, esta proteína atua no controle dos microtúbulos durante a maturação e o crescimento dos neuritos, quando as proteínas TAU quando ocorrem defeitos, não estabilizando bem os microtúbulos, pode levar ao aparecimento de estados de demência, como a doença de Alzheimer. A Alfa-sinucleína é uma proteína que está primariamente presente nos terminais pré sinápticos, que apresenta também uma localização nuclear na forma de agregados filamentosos intracelulares é uma das características paológicas das doenças neurodegenerativas, nas quais se inclui a doença de Parkinson. .
O estresse oxidativo vem sendo estudado como um dos fatores responsáveis pelo desenvolvimento de doenças neurodegenerativas, o mesmo decorre de um desequilíbrio entre agentes oxidantes e antioxidantes. A fruta da pitaya (Hylocereus undatus) apresenta compostos que são antioxidantes. Isso faz com que tenha um alto potencial na prevenção de doenças, principalmente doenças neurodegenerativas.
O Caenorhabditis elegans, é um organismo modelo bem estabelecido que pode ser utilizado para evidenciar inúmeros processos biológicos. Sendo utilizado como modelo de doenças neurodegenerativas. como as doenças de Alzheimer e Parkinson
Pretende-se avaliar o efeito na atividade de enzimas antioxidantes que o tratamento com Hylocereus undatus (pitaya) tem em modelos de doenças neurodegenerativas em C. Elegans. Serão utilizadas 4 cepas de C. elegans que expressam as proteínas acima mencionadas. Os animais serão expostos ao extrato de pitaya e, após, será avaliada a atividade antioxidante.
Pouco se sabe sobre o uso de Hylocereus undatus em doenças neurodegenerativas, como o Parkinson e o Alzheimer. Espera-se descobrir mais sobre o efeito da pitaya nestes modelos e auxiliar futuros estudos que verifiquem o potencial terapêutico desta fruta.