As cultivares de Megathyrsus maximus atualmente no mercado foram desenvolvidas na premissa de adaptabilidade as condições especificas das regiões do pais e elevada capacidade de suporte em termos de taxa de lotação. No Sul existe a peculiaridade do inverno ser muito úmido e frio que desafia a persistência do dossel forrageiro. Essa condição remete a necessidade de estudo em laboratórios a campo que permitam a construção de saberes de forma reflexiva aos sistemas de produção animal da região. O projeto possibilita a vivência de alunos e acadêmicos do IFRS Campus Sertão em conteúdo de disciplinas de Forragicultura e correlatas sobre características morfológicas e estruturais da pastagem manejada sob desfolhação com lotação intermitente. O laboratório está implantado na área agrícola pertencente ao IFRS - Campus Sertão, sendo cinco cultivares e quatro blocos, totalizando 20 parcelas com 187,5 m² cada. As condições para a realização das aulas e desenvolvimento de trabalhos acadêmicos são alturas de pastejo e de resíduos para as cultivares: Aruana, Tamani e Gatton panic de 60 e 25 cm; Quênia de 70 e 35 cm; e Zuri de 80 e 40 cm, respectivamente altura de entrada e saída dos animais. Os pastejos são realizados com bovinos leiteiros e a altura do dossel é monitorada semanalmente no período de crescimento. Na primavera com o surgimento da rebrotação de perfilhos, em gemas basais associado ao azevém, obtido por ressemeadura na área tem sido um aporte de forragem estratégico que gera condições de pastejo mesmo em condições de muita umidade no solo. Os resultados 2021/2022 demonstram que o cultivar BRS Quênia teve os melhores índices de Taxa de Crescimento Vertical do dossel (TCV) em centímetros/dia, seguido por Aruana, BRS Zuri, BRS Tamani e Gatton Panic, respectivamente. Através dos índices de TCV, estimou-se a quantidade de pastejos em 2021/2022, com seis desfolhações em BRS Quênia e Aruana, cinco em BRS Tamani e quatro vezes em Gatton Panic e BRS Zuri. Esses dados estão sendo apresentados a alunos do curso Técnico em Agropecuária e superior do Campus Sertão, no sentido de estruturar possíveis tomadas de decisão sobre a utilização das cultivares no planejamento forrageiro de unidades de produção agropecuária que os alunos tem origem e da Região do Planalto Médio do RS. As demonstrações dialogadas aos grupos de alunos têm contribuído significativamente com o desenvolvimento de saberes na materialização das informações teóricas trabalhadas nos cursos e voltadas ao forrageamento de rebanho.