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Alternativas de forrageamento com Festuca arundinacea Schreb para unidade de produção agropecuária na região do Planalto Médio do Estado do Rio Grande do Sul
Maiara falcade

Última alteração: 25-01-2021

Resumo


O uso de pastagens perenes para a produção agropecuária mostra-se como um dos recursos mais econômicos para alimentação de animais ruminantes. Há inúmeras espécies e cultivares disponíveis no mercado possíveis de serem incorporadas no planejamento forrageiro, sempre associadas as especificidades ambientais e ao funcionamento do sistema de produção. A utilização de forrageiras deve fundamentar-se em conhecimentos promovidos pela pesquisa sobre adaptação e respostas em produção de forragem regional. Portanto, o objetivo deste trabalho é realizar um elo entre a extensão e a pesquisa, mostrando a capacidade de desenvolvimento e produção de Festuca arundinacea Schreb, cultivar Fortuna, divulgando suas potencialidades. Atualmente, no IFRS - Campus Sertão, mais precisamente na área experimental de forrageiras, tem-se um laboratório de estudo implantado com festuca, a qual apresenta ciclo perene de longa duração, cespitosa, com rizomas curtos. A planta tem capacidade de produzir precocemente, além de ser muito resistente ao pisoteio pelos bovinos. As lâminas foliares apresentam coloração verde e brilhosa ao longo do ano, desde que, tenha condições de umidade e nitrogênio suficiente para seu desenvolvimento e produção. A produção varia em torno de 8 a 10 toneladas de matéria seca por hectare, com teor de proteína bruta próximo a 15,4% na primavera, podendo ser maior no outono e inverno. A cultivar foi implantada em 08/07/2019, com semeadura em linha, numa área com histórico de adubação por esterco bovino durante os últimos 15 anos. A formação do dossel forrageiro não apresentou interferências de plantas daninhas, porém a cultivar sofreu com a falta de chuva nos dois primeiros meses de implantação, sendo então realizado os primeiros pastejos em novembro e dezembro do mesmo ano. O período compreendido entre janeiro a março de 2020 foi marcado por uma forte estiagem, mas a cultivar mostrou-se muito resistente as condições expostas. A produção de forragem continuou ocorrendo nesses meses, possivelmente, como resposta a interação entre as estratégias de pastejo com frequências de 20 e 25 cm e intensidade de desfolhação de 5 e 10 cm, somado a adubação nitrogenada realizada em momentos estratégicos. Informações indicam que a cultivar produziu 12 toneladas de matéria seca por hectare no Uruguai e a proteína bruta chegou a 20,6% na Colômbia, portanto, tem-se uma cultivar do tipo continental, que está sendo utilizada em várias regiões, com excelente capacidade produtiva e propiciando as unidades de produção uma alternativa que promove ganhos com a criação de bovinos em pastagens.

Palavras-chave


Cultivar, Extensão, Forragem.