A enorme crise sanitária instaurada no Brasil e no mundo, de forma repentina, obrigou a educação básica e superior a migrar para modelos a distância. No âmbito do IFRS, são vários os motivos de angústia para a comunidade docente, que se pergunta como lidar com o alunado que padece com a falta de recursos imprescindíveis para uma aprendizagem efetiva no formato das APNPs, tais como internet de boa qualidade, computadores e smartphones. São profundas as marcas deixadas pela pandemia no cenário educacional e, cabem reflexões sobre como reduzir os prejuízos e fazer com que o engajamento dos estudantes seja retomado. Na perspectiva de contribuir para um ensino de química promissor no período pandêmico, esse resumo traz um relato dos impactos de uma intervenção didático-pedagógica concretizada com base no Ensino por Investigação, colocando os estudantes em condição de protagonismo e fazendo com que o engajamento seja cada vez mais promissor no processo de ensino-aprendizagem durante e pós pandemia. Sendo assim, os principais objetivos do projeto para esse período pandêmico é encontrar estratégias metodológicas que supram carências e permitam que os impactos no ensino-aprendizagem de química para estudantes do ensino médio e superior sejam minimizados; incentivar os educandos a estudarem de forma autônoma e a serem construtores de seu próprio conhecimento. Para isso os integrantes do projeto realizam encontros semanais em que discutem e planejam estratégias concentrando esforços para promover métodos que se distanciam de aulas expositivas, onde o educando, geralmente, decora fórmulas, termos científicos para depois reproduzi-los nas avaliações, sem preocupar-se com as formas de aplicação na sociedade, no seu cotidiano e no contexto histórico e sem propiciar ao estudante uma oportunidade de investigar, pensar ou refletir sobre determinado assunto. Partindo dessas considerações, uma abordagem investigativa dos conteúdos tem produzido resultados satisfatórios na construção do conhecimento, propiciando ao estudante a oportunidade de pensar, refletir, debater, questionar e justificar suas ideias aplicadas a novas situações. O ensino investigativo é uma abordagem didática cujo objetivo é fazer com que educandos se engajem na resolução de problemas a respeito de um fenômeno natural e desenvolvam habilidades correspondentes ao trabalho científico. Outro resultado importante é a contribuição na formação do bolsista para atuar no ensino pós pandemia que certamente exigirá o uso e aplicação de metodologias ativas e ferramentas que promovam a criatividade, autonomia e o questionamento, processos inerentes à prática científica mas que no ensino tradicional não é priorizado.