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MODELAGEM PRELIMINAR DA DISTRIBUIÇÃO POTENCIAL DE MIKANIA ORLEANSENSIS HIERON (ASTERACEAE) EM CENÁRIOS FUTUROS DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS
Andressa Basso Oliveira, Maria Cláudia Melo Pacheco de Medeiros

Última alteração: 21-01-2021

Resumo


A Mata Atlântica representa um dos maiores conjuntos de florestas tropicais úmidas da América do Sul, destacando-se pelo seu elevado nível de diversidade biológica. Na composição de sua biota vegetal, é relevante mencionar as plantas trepadeiras, organismos com variadas funções ecológicas no bioma, apesar de serem ainda relativamente pouco estudados, especialmente na região Sul do Brasil. Essas plantas, além de estarem continuamente ameaçadas pelo desmatamento das florestas atlânticas, podem sofrer impactos em sua ocorrência, frente às mudanças climáticas globais. Nessas circunstâncias, o presente estudo tem por objetivo avaliar o efeito de alterações climáticas na distribuição geográfica de Mikania orleansensis Hieron, uma espécie de trepadeiras endêmicas da Mata Atlântica dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Após consulta à base de dados digitais de coleções científicas Specieslink, elaborou-se um banco de dados com 69 localidades distintas de ocorrência de M. orleansensis. Além disso, obteve-se 19 variáveis bioclimáticas disponíveis na base de dados do Worldclim. Os modelos de distribuição potencial foram obtidos com o programa Maxent. A modelagem para o clima atual revelou que a porção sul do estado do Paraná, a região central de Santa Catarina e a região nordeste do Rio Grande do Sul apresentam maior probabilidade de ocorrência da espécie estudada, e a variável mais impactante foi a temperatura máxima do período mais quente (bio05). Já o modelo de distribuição futura, construído com projeções climáticas otimista e pessimista (HADGEM2-ES, RCP4.5, RCP8.5) para o ano de 2050, indicaram a não adequação de M. orleansensis às condições climáticas projetadas, implicando em possível redução acentuada ou total de sua área de distribuição atual. A continuidade deste estudo será dada por meio de análises a partir dos cenários futuros para o ano de 2070, bem como a comparação dos resultados obtidos nas três modelagens realizadas.

 

 


Palavras-chave


Biogeografia, Modelagem preditiva, Asteraceae